FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO
Pouco antes da palaestra do juiz Sergio Moro, que veio a Cuiabá nesta segunda-feira (5), falar sobre combate à corrupção, o goverbador Pedro Taques (PSDB), declarou à imprensa que o afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB), determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, é "a justiça que está sendo feita".
"Veja só, das 10 medidas de combate à corrupção, eu quando era senador apresentei quatro. A corrupção como crime hediondo, caixa dois, enriquecimento ilícito e diminuição de recursos”, comentou.
Aos jornalistas, o governador ainda lembrou que enquanto senador por Mato Grosso, tentou retirar o senador Renan Calheiros da presidência do Senado Federal, em Brasília.
“Eu tentei afastar da presidência do Senado, mas perdi a eleição”, disse pouco antes do evento.
O governador disputou a presidência do Senado contra Renan em 2013 e obteve apenas 18 votos contra 56 do peemedebista. Na ocasião, o tucano contou com o apoio de partidos da oposição e de senadores tidos como "independentes".
Com a vitória, Calheiros, que já vinha sendo investigado por conta de denúncias de que usou dinheiro de lobista para pagar pensão de uma filha, fora do casamento, assumiu o lugar de José Sarney (PMDB).
Taques também comentou sobre a aprovação do pacote anticorrupção, que será votado no Senado nesta terça-feira (6). Segundo ele, quatro medidas contidas no projeto foram de sua autoria.
“O combate à corrupção tem que ser diário. Mas nada pode ser aprovado com emergência. O que é aprovado em emergência dá errado. Veja só, das 10 medidas de combate à corrupção, eu quando era senador apresentei quatro. A corrupção como crime hediondo, caixa dois, enriquecimento ilícito e diminuição de recursos”, comentou.
O afastamento
O ministro atendeu a um pedido liminar feito pela Rede Sustentabilidade na manhã desta segunda-feira.
O pedido de afastamento foi feito pelo partido após a decisão proferida pela Corte na semana passada, que tornou Renan réu pelo crime de peculato. De acordo com a legenda, a liminar era urgente porque o recesso no Supremo começa no dia 19 de dezembro, e Renan deixará a presidência no dia 1º de fevereiro do ano que vem, quando a Corte retorna ao trabalho.