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Cuiabá, 05 de Julho de 2025
05 de Julho de 2025

21 de Dezembro de 2015, 14h:31 - A | A

POLÍTICA / "O EXCLUÍDO"

Pátio afirma que deixou CPI por decisão de Gilmar Fabris

“O líder da bancada minoritária me procurou e falou que queria ser o titular. E por ele ser o líder, ele tem a preferência".

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que irá investigar os membros do Ministério Público do Estado (MPE), por supostos ilícitos nos recebimentos de cartas de crédito, sofreu mais uma alteração em sua bancada , desta vez para atender o chamado 'bloco minoritário'.

Pátio afirmou que não deixou o cargo por decisão própria, mas sim por determinação de Fabris. “O líder da bancada minoritária me procurou e falou que queria ser o titular. E por ele ser o líder, ele tem a preferência", frisou.

O deputado Zé Carlos do Pátio (SD), não é mais membro da CPI, ele cedeu sua vaga ao colega de Parlamento Gilmar Fabris (PSD), que também é líder do bloco minoritário. Ao , Pátio afirmou que não deixou o cargo por decisão própria, mas sim por determinação de Fabris. “O líder da bancada minoritária me procurou e falou que queria ser o titular. E por ele ser o líder, ele tem a preferência, então eu disse para ele que eu queria ser, mas ele disse: ‘você está presidindo uma CPI, eu como líder nunca nego nada para você, eu quero ser’”, relatou o também presidente da CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal.

Ainda de acordo com Pátio, após ficar em silêncio diante do pedido de Gilmar Fabris, recebeu a confirmação da mudança na composição já em Plenário. “Faltavam poucos minutos para terminar a sessão, quando veio a votação da licença dele, eu permaneci em Plenário, daí veio o presidente da Assembleia, Guilherme Maluf, e anunciou; ‘comunico que os membros da CPI é ciclano, beltrano' e não me citou como titular,” conta Zé Carlos do Pátio.

Em seguida, o deputado ressaltou que prefere não falar mais sobre o assunto que tirou seu nome da comissão. “Eu não tenho mais nada a declarar sobre isso”, respondeu.

A CPI, que só deve começar em 2016, após o recesso, tem o prazo de 180 dias para colher depoimentos e documentos.

Desde que foi criada, a comissão que investigará o MPE já registrou diversas alterações inclusive ‘brigas’ internas por causa do comando. O primeiro a deixar a comissão foi o presidente José Domingos Fraga (PSD), que alegou questões pessoais. O deputado Pery Taborelli (PV) colocou o nome à disposição e arranjou uma ‘tremenda confusão’ com o tucano Wilson Santos (PSDB) que também tinha interesse em presidir. Na sexta-feira (18), o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), optou pelo nome do deputado Max Russi (PSB), por esse motivo Taborelli abriu 'mão' da vaga. Oscar Bezerra também já avisou que se não haver unidade no grupo também deixará a composição.

A CPI, que só deve começar em 2016, após o recesso, tem o prazo de 180 dias para colher depoimentos e documentos. A investigação surgiu com a denúncia pública do ex-secretário de estado Eder Moraes, que forneceu documentos, que apontariam supostas irregularidades sobre a venda das cartas de crédito à rede Cemat, em 2010, pelo montante de R$ 10,3 milhões.  

O MPE entende que a abertura da comissão investigatória é uma forma de retaliação do Legislativo estadual diante das diversas operações deflagradas pela instituição e que culminaram nas prisões de vários ‘figurões’ da política, além de servidores e empresários que mantinham contratos com o Poder Público.

VEJA COMO FICOU A COMPOSIÇÃO

A CPI que foi criada no início de novembro e que teve a assinatura de 23 dos 24 deputados estaduais, sendo que apenas o deputado Zeca Viana (PDT) optou por não assinar, é compostapelos deputados Max Russi (presidente), Dr.Leonardo Albuquerque (na relatoria) e o membros Oscar Bezerra (PSB), Gilmar Fabris e Wilson Santos (PSDB).

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