ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, afirmou nesta quarta-feira (30) que o governador Silval Barbosa (PMDB) não pretende nomear um novo titular para a Secretaria Estadual de Saúde. Mauri Rodrigues foi afastado pelo Tribunal de Justiça há 12 dias. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPE) por improbidade administrativa.
Desde então, a pasta permanece sob o comando dos três secretários adjuntos: Ednilson de Lima Oliveira; Marlene Anchieta Vieira e o secretário de Gestão Estratégica Marcos Rogério Lima Pinto e Silva. E, de acordo com Nadaf, assim permanecerá até que a Justiça finalize as investigações.
“Mauri está temporariamente afastado do cargo. Ele não foi exonerado e, por isso, permanece como o titular da Saúde. Não trabalhamos com a hipótese de substituí-lo. Os secretários-adjuntos vão responder normalmente pela pasta”, disse.
REPASSES GARANTIDOS
Nadaf ainda garantiu que o pedido de afastamento foi feito antes da efetivação do repasse à Secretaria de Saúde para os municípios. Nadaf explicou que após um acordo com a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), ficou definido que seriam repassados R$ 28 milhões durante este ano, referentes a repasses atrasados de 2012.
O valor seria divido em duas parcelas de R$ 14 milhões, uma quitada no primeiro semestre, e a outra no segundo semestre.
O acordo foi cumprido no primeiro semestre, e no segundo o valor de R$ 14 milhões foi parcelado em três vezes, para ser descontado em setembro, outubro e novembro.
As duas primeiras parcelas já foram quitadas, e a terceira, referente ao mês de novembro será repassada antes do dia 20.
Nadaf também explicou que, até o momento, 80% dos 141 municípios mato-grossenses já receberam o repasse, os outros 20% estão programados para o próximo mês.
"DANÇA DAS CADEIRAS"
Somente na atual gestão, a secretaria já teve quatro secretários. O primeiro foi o deputado federal Pedro Henry (PP), condenado no esquema de corrupção conhecido como Mensalão. Em seguida assumiram Vander Fernandes, Augustinho Moro e Mauri Rodrigues. Todos são acusados pelo Ministério Público do Estado (MPE) de improbidade administrativa.