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Cuiabá, 13 de Julho de 2025
13 de Julho de 2025

29 de Setembro de 2015, 12h:40 - A | A

POLÍTICA / CPI DA COPA

Nadaf depõe na Comissão, não diz 'nada' e frustra deputados

As declarações do Pedro Nadaf basicamente não nos rendeu em nada. Não nos acrescentou em nada para podermos trabalhar nesse procedimento”, declarou Ramos.

RAFAEL DE SOUSA
DA REPORTAGEM



Totalmente evasivo e improdutivo. Assim foi classificado o depoimento de Pedro Nadaf à Comissão Parlamentar de Investigação da Copa, que o questionou sobre fatos de quando foi secretário de Desenvolvimento e Turismo da gestão do ex-governador Blairo Maggi (PR), quando Mato Grosso foi escolhido para ser uma das 12 cidades-sede que iriam receber o mundial.

"Nós precisamos de mais riqueza de detalhes nas informações e as declarações do Pedro Nadaf basicamente não nos rendeu em nada. Não nos acrescentou em nada para podermos trabalhar nesse procedimento”, declarou Ramos.

A avaliação foi feita na manhã desta terça-feira (29), pelo deputado Wagner Ramos, que participa como suplente da CPI da Copa.

“Ele poderia contribuir melhor para a Comissão. As declarações que ele prestou aqui são coisas que todo mundo sabe. Estão a olho nu. Nós precisamos de mais riqueza de detalhes nas informações e as declarações do Pedro Nadaf basicamente não nos rendeu em nada. Não nos acrescentou em nada para podermos trabalhar nesse procedimento”, declarou Ramos.

Aos membros da CPI, Nadaf, que antes se orgulhava de dizer ter sido o responsável por convencer Blairo a trazer a Copa para MT e que também foi secretário de Estado na Gestão Silval Barbosa (PMDB), ocupando as pastas de Indústria, Comércio, Minas e Energia, assim como Fazenda e Casa Civil, alegou que acompanhou politicamente a questão das obras, mas de longe.

Para Ramos a história de Nadaf não convence, já que todos se lembram de sua influência no governo.

"O nosso primeiro passo é saber o papel dele [Nadaf] na criação e de que forma que isso foi conseguido, a Copa do Mundo para Cuiabá, se houve manipulação e de que forma foi isso”.

“Eu acredito que não, até porque depois disso ele veio para a Casa Civil como secretário-chefe. Então vamos ter que buscar essas informações. O nosso primeiro passo é saber o papel dele na criação e de que forma que isso foi conseguido, a Copa do Mundo para Cuiabá, se houve manipulação e de que forma foi isso”, pontuou o deputado, que explicou que agora a principal meta da CPI é descobrir se houve fraude no processo que incluiu Cuiabá como cidade-sede.

O deputado ainda colocou em dúvida a vantagem de continuar a obra do VLT, que está sendo analisada pelo governo do Estado e afirmou que a CPI estuda chamar para depor o ex-presidente da Fifa, João Havelange.

 “É verídico. O objetivo é nós conversarmos com pessoas que começaram todo o início da Copa do Mundo para saber se tem ligação de empresas que realizaram obras aqui em Cuiabá, como foram feitos esses acordos. (...) Da minha parte a declaração do Nadaf pouco contribuiu para a CPI”, concluiu.

Ramos ainda frisou que antes todos os políticos queriam se expor como responsáveis de alguma forma pela vinda da Copa, mas que agora o 'filho bonito' virou o 'patinho feio' renegado.

O ex-secretário Nadaf, está preso no Centro de Custódia de Cuiabá desde o dia 15, quando foi desencadeada a Operação Sodoma, que investiga um esquema de cobrança de propina para a concesssão de incentivos fiscais a empresas e indústrias, através do governo do Estado. Para depor na Assembleia Legislativa,  ele precisou da autorização da Justiça e foi escoltado por agentes da Segurança Pública.

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