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Cuiabá, 21 de Março de 2025
21 de Março de 2025

06 de Junho de 2014, 15h:20 - A | A

POLÍTICA / VINGANÇA DE EDER

Mulher de ex-secretário teria entregue \'dossiê\' comprometedor na PGR

O dossiê seria uma retaliação do ex-homem forte dos governos de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB) por estar sozinho pagando o pato pelo esquema de lavagem de dinheiro envolvendo gente \'graúda\' de MT

DA REDAÇÃO



A esposa do ex-secretário da Copa, Eder Moraes, Laura Tereza Dias, teria entregue, na manhã desta sexta-feira (06), na Procuradoria Geral da República (PGR), em Cuiabá, um dossiê com informações que comprometeriam poderosos empresários, políticos e membros do Judiciário e Tribunal de Contas de Mato Grosso.

O dossiê seria uma retaliação do ex-homem forte dos governos de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB) por estar sozinho, até agora, levando toda a culpa pelo esquema de lavagem de dinheiro descoberto pela Polícia Federal (PF), durante as investigações da Operação Ararath. 

Antes mesmo de estourar a quinta fase da Ararath, que culminou com a sua prisão, Eder já havia ameaçado jogar 'farofa', para não dizer outra coisa, no ventilador de muita gente graúda, caso não fosse 'blindado' pelos pares para os quais, segundo a PF e o Ministério Público Federal, o ex-secretário capitaneava um esquema, que pode ter desviado centenas de milhões de reais dos cofres públicos de Mato Grosso. 

Fontes do RepórterMT informaram que os documentos já estão nas mãos dos procuradores em Cuiabá, que enviaram cópias para Brasília.

Nossa equipe de reportagem esteve na sede da PGR, mas ninguém quis confirmar ou desconfirmar a entrega do suposto dossiê. A reportagem foi impedida até mesmo de adentrar aos gabinetes da PGR.

Por telefone, uma servidor se limitou a dizer que não poderia fornecer qualquer informação sobre o assunto, já que a investigação corre em segredo de Justiça pelo Supremo Tribunal Federal. 

ARARATH

Pagamentos milionários feitos pelo governo de Mato Grosso a construtoras abasteceram um esquema de lavagem de dinheiro e de desvio de recursos públicos, segundo afirma a Polícia Federal. 

Os desvios envolvendo empreiteiras, de acordo com investigação, ocorreram a partir do pagamento de precatórios nas gestões do hoje senador pelo PR Blairo Maggi (2003-2010) e de Silval Barbosa (PMDB), atual governador. De 2009 a 2012, só para a Andrade & Gutierrez, o governo de MT pagou R$ 260,6 milhões, referentes a dívidas por obras feitas na década de 1980 pelo extinto DVOP.

A Justiça do Estado questionou os pagamentos em 2009, apontando desrespeito à fila de credores, o que a gestão Maggi negou. A Ararath, deflagrada em 2010 e que apura suposto esquema de corrupção com braços em todos os Poderes de MT descobriu que a Andrade Gutierrez, assim que recebeu a garantia de pagamento, vendeu os créditos dos precatórios para a Piran Participações, do agiota Valdir Piran, com deságio de 46%. Piran também é investigado pela PF. 

O principal alvo da Operação é o dono da rede de postos Amazônia Petróleo, Júnior Mendonça. Ele seria o braço financeiro do grupo que se instalou no Paiaguás com o objetivo de lavar dinheiro desviado dos cofres públicos. Até agora, apenas Eder Moraes está preso. 

OUTRO LADO

Por e-mail, a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal, após insistência da redação e após a publicação da matéria, informou que não foi protocolado oficialmente, até o momento, documento algum referente a um possível dossiê feito pelo ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, na sede do MPF. 

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