DIÁRIO DE CUIABÁ 9h00
O diretor de Infraestrutura da Agência de Execução dos Projetos da Copa do Mundo (Agecopa), Carlos Brito, deve ser substituído. A saída de Brito, apesar de ter ficado mais evidente com o bate-boca com o presidente da Agência, Eder Moraes, já era prevista por conta de desentendimentos internos.
Os dois bateram boca publicamente durante a audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa para discutir o modal de transporte a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande.
O presidente da Agência disse que Brito é oposição ao governo do Estado. Afirmou ainda que o diretor tenta confundir a população quando usa o argumento de que o dinheiro, cerca de R$ 1,2 bilhão que será aplicado para a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), poderia ser aplicado na segurança pública, saúde ou educação.
A justificativa de Brito foi utilizada durante a audiência e desagradou ao presidente. O diretor afirmou ainda que não conhecia o projeto de VLT, pelo menos em termos de Agência. Segundo Moraes, o diretor tem conhecimento de que o dinheiro que será aplicado nesta obra é oriundo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS), já direcionados para este fim.
"É um jogo de palavras fácil pensando nas próximas eleições", disse, referindo-se a Brito. Porém, Eder, que defende o VLT, afirma que está trabalhando para deixar um legado para as gerações futuras.
SUBSTITUIÇÃO - Três nomes estão sendo avaliados para substituir Carlos Brito. São eles, o ex-coordenador do Dnit em Mato Grosso, Sinésio de Oliveira, que é assessor do deputado federal Wellington Fagundes (PR), o ex-superintendente do Dnit, Nilton de Brito, e o engenheiro Marcelo de Oliveira, que já atua na Agecopa.
Eder evitar falar em substituição, mas diz que Brito é um diretor que gosta de desagregar. Ele afirmou ainda que as atribuições da diretoria comandada por ele estão emperradas.
