ANA ADÉLIA JÁCOMO
Considerados lideranças do PSD, tanto o vereador João Emanuel, quanto o deputado estadual José Riva foram afastados da presidência da Câmara de Vereadores de Cuiabá e da Assembleia Legislativa, respectivamente. Além de serem do mesmo partido, os dois são aparentados, já que João é genro do cacique. As semelhanças políticas, segundo Riva, podem influenciar diretamente no pleito do próximo ano.
É que Riva acredita que o afastamento de João Emanuel se trata de um golpe político. “É um golpe ilegal. Não tem sentido nenhum afastar um presidente de Câmara daquela maneira. Antes, tem que ter reunião, publicar e cumprir todos os trâmites. Isso é um golpe de pessoas ‘baixas’, que querem tomar o poder a qualquer custo. Se soubessem fazer, poderia ter legalidade”, declarou o deputado nesta sexta-feira (30).
Apesar dos ataques, Riva preferiu não dar “nomes aos bois”. Ele negou que a crise tenha sido desencadeada por conta da disputa por espaço entre seu grupo político e o do senador Pedro Taques (PDT). Ocorre que Taques, além de ser adversário de Riva, ainda é padrinho político do prefeito Mauro Mendes (PSB).
Riva afirmou que não irá intervir na crise entre os vereadores da base e João Emanuel. Ele disse que acredita na capacidade do genro para sair do imbróglio jurídico que o cerca. “Eu não gosto de dar palpite. O João tem competência para sair disso, mas a tentativa de tirá-lo da presidência foi feita de forma bisonha. Não acho que seja o grupo do Taques, nem do Riva, mas também não duvido que há mãos por trás disso”, disse o deputado.
ENTENDA A CRISE NO LEGISLATIVO
Durante a sessão ordinária desta quinta-feira, o líder de Mendes na Câmara, vereador Leonardo Oliveira (PTB) apresentou requerimento solicitando o afastamento temporário de João Emanuel (PSD), sob o argumento de que o presidente não respeitou o regimento interno da Casa em diversas ocasiões, principalmente, na criação da CPI dos Maquinários. Na tribuna o petebista mencionou que tais atitudes configurariam quebra de decoro parlamentar e prevaricação.
João Emanuel colocou em votação o requerimento, mas tratou de deixar claro aos parlamentares que quebra de decoro culminaria em cassação. O resultado foi que ele permaneceu presidente após a apreciação dos vereadores.
Não satisfeitos, os parlamentares da base reabriram a sessão mesmo após duas horas de sua finalização formal. A tribuna foi reaberta pelo vereador Haroldo Kuzai (PMDB), onde só estavam presentes os vereadores de sustentação do prefeito. Nessa sessão extraordinária eles votaram o afastamento de João Emanuel.
No entanto, uma liminar concedida pelo juiz Roberto Teixeira Seror, da Quinta Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, nesta sexta-feira (30), anulou a sessão legislativa anômala, reafirmando João Emanuel como presidente da Casa de Leis.
Reghis 02/09/2013
O Brasil é um país muito diferente: só nós temos a jabuticaba e certamente, somos também os únicos do planeta que possuem um Deputado presidiário. Se isto já não bastasse, vem o Dep. Riva, com frequentes afastamentos da mesa diretora da AL, por "enes" acusações, além dos mais de 100 processos nas costas, opinar sobre as questões imorais e absurdas da Câmara Municipal. Com todo o respeito aos políticos, mas MT está na rua da amargura quando falamos dos mesmos. Para piorar o quadro, o Dep. Pedro Henry está prestes a fazer companhia ao Dep. Donadon na "bancada presidiária" do presídio da papuda em Brasília.
Carlos Pedregal 01/09/2013
Riva mais de 100 ações no Ministério Público, vamos lá, corrupção ativa e passiva, funcionário fantasma e ....QUE MORAL VC TEM FILHO... PRIMEIRO RESPONDE E PROVA DEPOIS VC FALA MERDA. Pega leve se não o site proibi...
Roberto 01/09/2013
Ai perdeu toda razão, de pessoa baixa querendo o poder. é brincadeira esse deputado falar de querer o poder , pois tem perpetuado na presidência na assembleia. Nossa como pode ser tão hipócrita assim.
3 comentários