Eder diz que será candidato em 2014 e "cutuca" Brito e Maggi

ANA ADÉLIA JÁCOMO

O ex-secretário da Secopa Eder Moraes (PR) revelou ao RepórterMT que tem planos políticos de candidatar-se para disputar um cargo eletivo em 2014, quando haverá eleição para deputado estadual, federal e para o Governo do Estado, além da presidência da república. No entanto, não disse qual cargo é seu desejo, mas afirmou que planeja desfiliar-se do Partido da República para enfrentar o pleito.

“Sou filiado ao PR ainda, mas vou avaliar com calma se vou me filiar em outro partido. Tenho desejo de disputar as eleições em 2014, mas não sei para que cargo ainda. Eu já consegui trazer 54 entidades de classe para apoiar o Lúdio. Estou trabalhando pesado, de corpo e alma, vou trabalhar muito porque acredito na eleição dele, no perfil dele, no alinhamento com o Governo Federal”.
 

Ele disse que não irá medir esforços para ajudar a eleger o candidato a prefeito de Cuiabá Lúdio Cabral (PT), que, segundo ele, é o único que tem condições de governar a cidade e previu que o petista irá levar o pleito para o segundo turno e consequentemente vencerá a eleição.

“Acho que o Carlos Brito levou uma furada no casco pelo fato de todas essas entidades estarem apoiando o Lúdio e o navio dele embicou de vez. O Mauro tem uma rachadura tremenda no iate dele, de Angra, e a gente está numa alça de decolagem. Eu jamais vou entrar em uma barca furada. O Mauro está com uma soberba muito grande e se distanciou dos movimentos sociais e nós estamos capitalizando isso tudo”, gabou-se o ex-secretário.

ROMPIMENTO

Visivelmente magoado, Eder desafiou a cúpula do seu partido ao dizer que não é apenas um exonerado e que tem capacidade para aglutinar pessoas em uma campanha.  “Eu fiquei chateado com o PR porque não recebi a atenção que eu julgo que devia ter. Eles me trataram como mais um no governo, um exonerado e acharam que eu estava no ostracismo e não é assim. Eu vou provar para esse grupo que quem tem liderança e sabe exercê-la tem condições de contribuir muito”, ameaçou ele.

Eder, que já foi presidente municipal da legenda, disse que optou por abandonar o projeto do partido por não concordar com a “manobra” realizada para emplacar João Malheiros como vice de Mauro Mendes (PSB), em detrimento da candidatura própria de Francisco Vuolo. Ele também afirmou que não teria deixado a presidência da agremiação caso Vuolo fosse o candidato.

“Se o Vuolo fosse o indicado do partido eu não teria saído do PR, porque eu só sai da presidência porque havia um alinhamento feito com uma candidatura própria, embasado em pesquisas, mas ‘atropelaram’ tudo e eu entreguei o cargo porque sou homem de uma palavra só”.
 

O senador Blairo Maggi (na foto ao lado) foi um dos grandes articuladores da candidatura de Vuolo, mas não conseguiu viabilizar seu afilhado político. Para Eder, ao apoiar Mendes e Malheiros, o ex-governador corre o risco de “dilapidar” sua história política.

“O Blairo tem que ter cautela nessas eleições, ele é dono de um capital político muito grande. Já tentaram dilapidar esse patrimônio político e não conseguiram, só que, dependendo de como ele se comportar, tem uma tendência de perder esse prestígio, inclusive diante dos movimentos sociais”.