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Cuiabá, 31 de Agosto de 2024
31 de Agosto de 2024

20 de Novembro de 2010, 12h:35 - A | A

POLÍTICA /

Cuiabá viverá caos urbano por dois anos para 23 obras simultâneas



TÂNIA RAUBER
A GAZETA

O atraso no início das obras para a Copa do Mundo de 2014 vai resultar no caos em Cuiabá, nos próximos dis anos. Ainda serão necessários, pelo menos, seis meses para o início dos trabalhos e, para que seja possível a conclusão até 2014, todas as obras terão que ser executadas ao mesmo tempo. Com isso, os principais corredores de tráfego ficarão interditados.

O Plano de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Cuiabá, que define todas as mudanças no trânsito da Capital e de outros 12 municípios, foi elaborado em 1995 pelos municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Porém, ele só foi apresentado ontem (19) pela Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa), que levou 10 meses para fazer as adaptações necessárias.

O próximo passo será a conclusão dos projetos de cada obra. A expectativa é que fiquem prontos em dois meses, para depois ser aberta a licitação, que pode durar de três a seis meses.

Segundo o presidente Yênes Magalhães, o prazo de execução dos projetos vai de um ano a um ano e meio. "Vamos conseguir cumprir os prazos, mas, para isso, vamos ter que executar todas as obras ao mesmo tempo. Vamos ter dois anos de caos em Cuiabá e será preciso apoio de toda a população", disse.

A Secretaria Municipal de Transporte Urbano (SMTU) da Capital já definiu rotas alternativas para que os veículos e ônibus do transporte coletivo possam chegar aos destinos desejados. Porém, o tempo gasto e o estresse no trânsito serão bem maiores, já que as principais vias - Miguel Sutil, Fernando Corrêa da Costa, Rubens de Mendonça (CPA) e Tenente-Coronel Duarte (Prainha) - serão interditadas.

Cuiabá e Várzea Grande têm uma frota de 350 mil veículos. Em alguns cruzamentos e rotatórias, como na Avenida do CPA em frente ao Pantanal Shopping, há um fluxo de oito mil veículos por hora. É assim também no contorno da CPA para entrar na Miguel Sutil.

Líderes de bairros que participaram da audiência pública revelaram preocupação. O presidente da Associação dos Moradores do bairro Jardim Leblon, Claudir Rocha, disse que já buscou informações na Agecopa, mas, até hoje, não sabem o que vai acontecer.

"Temos pequenos comerciantes que estão preocupados, pois se fala que vão desapropriar, mas não tem nada confirmado. Vamos à Agecopa e nem somos atendidos. Precisamos de uma posição concreta do que vai ser feito", disse.

A preocupação é a mesma de moradores de Várzea Grande. O presidente da associação do bairro 8 de Março, Edésio Francisco Paula, revelou que ainda não sabe o que vai mudar na cidade, mas que todos esperam por melhorias. "Agora vamos esperar, se vamos ter alguma melhoria no bairro e se realmente isso tudo vai ser feito", afirmou.

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