RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
O procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Alexandre Deschamps, quer saber como a Assembleia Legislativa conseguiu gastar, somente em 2015, um milhão de litros de combustível. A quantidade seria suficiente para dar 232 voltas no planeta Terra.
“Apesar de o estado ser de dimensões continentais, esse volume [de combustível] chama a atenção. Queremos saber se todo esse consumo está relacionado às atividades parlamentares”, aponta o chefe do MPC.
Segundo o procurador, os problemas podem estar no uso de tickets para o abastecimento da frota, atualmente com 309 veículos.
É que mesmo após recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que a Assembleia abandonasse a modalidade e optasse por um sistema automatizado, ou seja, mais seguro, os parlamentares mantiveram a mesma forma de compra.
"Apesar de o Estado ser de dimensões continentais, esse volume [de combustível] chama a atenção. Então sugerimos uma tomada de contas. Queremos saber se todo esse consumo está relacionado às atividades parlamentares”, aponta Alexandre Deschamps.
“As irregularidades relacionadas são devido uma falha no sistema de controle de combustíveis que era realizado por meio de tickets. Porém, o gasto ao longo de 2015 se mostrou muito excessivo, em torno de um milhão de litros”, argumentou o procurador.
Por unanimidade, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou uma tomada de contas especial e pediu a entrega de toda documentação que comprove os gastos de combustível em um prazo de 30 dias.
O procurador-geral da Assembleia Legislativa, Gregory Maia, informou que não há conflito de interesses entre Parlamento e Ministério Público de Contas, por isso, a documentação será entregue.
“A Assembleia está ciente e tentará justificar, na medida do possível, o gasto com combustível”, informou o procurador da Assembleia.
“A Assembleia está ciente e vai tentar justificar, na medida do possível, o gasto”, informou o procurador da Assembleia.
Esta não é a primeira vez que o TCE encontra irregularidades nas contas da Assembleia. Foi exatamente por causa desses gastos excessivos que, em 2011, o Tribunal pediu que a Casa substituísse o uso de tickets por um sistema automatizado, o que só aconteceu esse ano.
“Atualmente não é mais no ticket. Houve a contratação de uma empresa onde o consumo de combustível está sendo mais criterioso e fiscalizado por intermédio de cartão”, disse Maia.
Segundo o Ministério Público de Contas, as irregularidades ocorreram durante as gestões de José Geraldo Riva (sem partido), Guilherme Maluf (PSDB) e Mauro Savi (PSB).
Luciano 03/12/2016
Simplesmente se o TCE MT funcionasse e fiscalizasse não haveria essa farra de ticket porem ele fala e sabe de tudo e se cala igual a assembleia o tribunal de contas gasta mais do que seja cabível mostra a sua conta também. Cada conselheiro gasta milhões por ano pra bancar suas mordomias é isso o Ministério Público não fala o governo não intromete mais a população paga
abequar 02/12/2016
Kkk esse procurador foi muito delicado..."a assembleia ...vai tentar NA MEDIDA DO POSSÍVEL, o gasto com combustível. Nem ele acredita o que gastou.
Galileu 02/12/2016
Se fosse água, esse volume daria para abastecer a popução de Juscimeira por um diaÉ muita água.
3 comentários