GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
Deputados estaduais aprovaram, durante sessão marcada por confusão e bate-boca, o projeto de lei que concede reajuste salarial de 6,38% aos servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A votação ocorreu nesta terça-feira (22), após uma manhã de tensão e ameaça de greve por parte dos servidores, que lotaram as galerias da Assembleia Legislativa.
A proposta foi aprovada com 8 votos favoráveis, 6 contrários e uma abstenção. A correção beneficia 3,5 mil servidores e gerará um impacto de R$ 42 milhões somente neste ano. O reajuste contempla 9 cargos no tribunal.
No caso do analista judiciário, as maiores classificações da carreira vão engordar o bolso dos servidores. A classe A e nível XI passará a receber R$ 15.067,67. Enquanto a classe D e nível XI receberá R$ 26.036,95.
Deputados favoráveis destacaram o respeito à autonomia do Judiciário, enquanto parlamentares contrários questionaram a tramitação e pediram recontagem de votos, gerando tumulto no plenário.
O deputado Lúdio Cabral (PT) tentou que a votação fosse nominal, para registrar o posicionamento de cada parlamentar, mas o pedido foi rejeitado. A sessão chegou a ser suspensa por falta de quórum, quando parte dos deputados deixou o plenário, sendo retomada à tarde pelo presidente da Casa, Max Russi (PSB).
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Defensora do projeto, a deputada Janaina Riva (MDB) disse que o reajuste representa respeito à autonomia do Judiciário e negou rumores de que o presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, seria contrário à medida.
“Isso é mentira. Tenho áudio confirmando o apoio dele. Cada poder tem o seu orçamento, e o Judiciário tem o direito de definir os seus reajustes”, afirmou.
Durante a contagem de votos, novos desentendimentos marcaram a sessão. Alguns deputados pediram recontagem, mas Max Russi confirmou a aprovação, afirmando que não havia número suficiente de votos contrários para barrar o projeto.
O clima esquentou ainda mais com uma troca de ironias entre Russi e Janaina Riva, quando o presidente encerrou a sessão.
Agora, o projeto deve passar por segunda votação antes de seguir para sanção.
