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Cuiabá, 13 de Setembro de 2025
13 de Setembro de 2025

02 de Janeiro de 2015, 21h:58 - A | A

POLÍCIA / ESTRADA DE CHAPADA

Três dias depois, motorista que matou ciclista continua foragido da polícia

Delegado Romildo Souza, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito, investiga caso. Imagens do circuito interno de câmeras de um posto de combustível e uma empresa foram analisadas, mas nenhuma imagem do carro que atropelou os ciclistas foi encont

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



Continua foragido o motorista que matou atropelado o ciclista e advogado, José Eduardo Carvalho, de 59 anos, na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães.

Na tragédia, ocorrida na manhã de quarta-feira (31), Diogo Azevedo, de 32 anos e Valdeci de Jesus Soares, de 50 anos, também foram atingidos pelo carro, modelo pick-up, de cor preta, enquanto trafegavam no acostamento da pista. Os dois tiveram apenas escoriações leves pelo corpo.

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De acordo com um policial civil da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito, imagens das câmeras dos circuitos internos de um posto de combustível e uma empresa, localizados próximo ao local da tragédia, já foram analisadas. Porém, nenhuma imagem do carro conduzido pelo motorista foi encontrada.

Mesmo assim, o delegado Romildo Souza Grota Júnior continua com as investigações, buscando imagens de vídeo de outras empresas próximo do local da morte para tentar descobrir a placa do veículo.

MANIFESTAÇÃO

Amigos de José Eduardo marcaram para as 6h, deste sábado (3), na saída para Chapada dos Guimarães, um encontro para reivindicar ao poder público, a construção de uma ciclovia na capital e parte da estrada de chapada. Eles criaram uma página na rede social ‘Facebook’, da internet, para divulgar o evento. “Acreditamos que com a colocação de uma ‘Ghost Bike’, estaremos ali homenageando, assim como também cobrando do poder público, providências que devem ser tomadas para que acidentes como esse não aconteçam mais”, disse o criador do perfil na página.

Reprodução Facebook

luto

Manifestação ocorreu às 6h, deste sábado (3).

 

O ATROPELAMENTO

Internado por 8h, no Hospital Santa Rosa, Diogo Azevedo contou ao RepórterMT, com exclusividade, como foi a tragédia que ocorreu a 1 km do Coxipó do Ouro.

Diogo disse trafegava a cerca de 40 km/h, quando sentiu um tranco. Já que José Eduardo, foi o primeiro a ser atingido pelo carro, sendo jogado a vários metros e batendo a cabeça no chão.  "Eu fiquei desacordado por 30 segundos. Eu fui para cima e bati as costas", observou. Azevedo também comentou que o motorista do carro não chegou a frear antes de atropelar o trio de ciclistas.

Ao acordar, Diogo viu que José Eduardo ainda estava vivo. "Ele estava desacordado, mas tinha pulso", apontou. Várias pessoas que passavam pelo local pararam para ajudar.

Segundo Diogo, rapidamente, Valdeci fez massagem cardíaca no ciclista, que estava inconsciente. "Pareceu começar a respirar. 5 minutos depois o Samu chegou. Eles (socorristas) foram direto nele, mas logo vieram me atender. E quando estava na ambulância, o enfermeiro socorrista me disse que ja havia falecido", relatou.

CARREIRA VENCEDORA

Apaixonado pelo ciclismo e profissionalizado há seis anos, o presidente da Federação Mato-grossense de Ciclismo, Emanuel Lima, contou ao RepórterMT, que José Eduardo, era o 14º do Ranking Nacional, além de já ter ganho três provas, sendo o segundo colocado em duas etapas do Campeonato Brasileiro.

“Ele havia se profissionalizado há seis anos. E desde então, vinha competindo em várias provas organizadas pelo Confederação Nacional de Ciclismo. Como a temporada deste ano não foi muito boa, ele havia descansado o mês de novembro e vinha treinando em dezembro, em um ritmo forte para as provas de 2015”, explicou. Quando foi atropelado José Eduardo realizava um treino de 80 km de distância para uma prova na França, chamada Le’ Tape, que ocorrerá em julho deste ano.

Segundo o presidente da Federação, o caso não foi um acidente e sim um crime. “Com certeza esse motorista que fugiu estava trafegando em alta velocidade ou bêbado. Porque o atropelamento ocorreu em um trecho duplicado da MT – 251, além do acostamento, onde os ciclistas estavam, ter um espaço significado”, falou.

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Ciclista em prova.

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