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Cuiabá, 09 de Setembro de 2025
09 de Setembro de 2025

09 de Setembro de 2025, 16h:24 - A | A

POLÍCIA / MORTE POR ENCOMENDA

TJ solta pai e filha envolvidos em assassinato de advogado

Além deles, há também o envolvimento de Cleusa Bianchini, que continua presa.

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTER MT



O desembargador Orlando de Almeida Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), mandou soltar Alessandro Henrique Vageti, de 47, e a filha dele, Giovanna dos Santos Vageti, de 23. Eles são acusados de envolvimento no assassinato do advogado José Antônio da Silva, de 65 anos.

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A decisão foi proferida nessa segunda-feira (08).

O crime também teria a participação de Cleusa Bianchini, de 68 anos, mãe de Alessandro. Ela devia a José Antônio cerca de R$ 4,5 milhões em honorários advocatícios. O crime ocorreu no dia 26 de junho, em Nova Ubiratã (426 km de Cuiabá).

O trio foi preso no final de julho, durante a Operação Procuração Fatal, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil.

Conforme as investigações, José Antônio cobrava Cleusa na Justiça e ela acreditava que, com a morte dele, estaria livre de pagar pelo trabalho realizado. A mandante achava também que o jurista não tinha herdeiros que pudessem cobrar o valor.

Após o assassinato, Giovanna, filha de Alessandro e neta de Cleusa, teria ligado para a Polícia Militar para fazer uma denúncia anônima e falsa sobre maus-tratos a animais na casa da vítima, quando José Antônio já estava morto.

Quando os militares chegaram na casa do advogado para verificar a situação, o portão estava fechado e os PMs precisaram subir no muro para olhar o interior da casa, momento em que o corpo de José Antônio foi encontrado. Ele foi morto com um tiro na cabeça.

A defesa de Alessandro e de Giovana alegam que Cleusa assumiu, durante os depoimentos, que ela negociou a forma e os valores para que o pistoleiro Kall Higor Pereira Machado, vulto “Mete bala”, matasse José Antônio.

O advogado de Alessandro também destacou que o acusado é pai de um garoto que possui deficiência intelectual e transtorno do espectro autista.

O desembargador revogou a prisão, entretanto pai e filha usarão tornozeleira eletrônica.

Desde já fica o juízo de origem autorizado a revogar, a substituir ou a acrescentar outras medidas cautelares, desde que não prejudique a situação processual da paciente, salvo se surgirem elementos ou circunstâncias supervenientes hábeis a autorizar a imposição de medidas mais drásticas”, destacou Perri.

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