facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 08 de Agosto de 2025
08 de Agosto de 2025

08 de Agosto de 2025, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / JULGAMENTO DE ASSASSINO

Promotor: Monstro de Sorriso executou o plano diabólico com frieza e precisão

Gilberto responde pelo assassinato de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos; Miliani Calvi Cardoso, de 19; Manuela Calvi Cardoso, de 13; e Melissa Calvi Cardoso, de 10. Três delas foram estupradas pelo assassino

THIAGO NOVAES
DO REPÓRTER MT



O promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino afirmou, nessa quarta-feira (7), que Gilberto Rodrigues dos Anjos, condenado pelos crimes de feminicídio, estupro, estupro de vunerável executou um “plano diabólico” e premeditado com requintes de crueldade. A declaração foi feita durante a sessão de julgamento do Tribunal do Júri, que terminou com Gilberto condenado a 225 anos de cadeia.

Gilberto foi condenado pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e feminicídio, cometidos contra uma mãe e suas três filhas. Ele matou Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliani Calvi Cardoso, 19 anos, M.C.C., 13 anos, M.C.C., 10 anos, e estuprou três delas.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Durante o julgamento, o promotor iniciou sua argumentação afirmando que “hoje é uma guerra do bem contra o mal” e classificou o réu como “monstro de Sorriso”. 

“O réu monitorou a rotina da família (mulheres, horários, etc), estudou a residência (rota de entrada, desvio dos cães bravos, etc) e executou o plano diabólico com frieza e precisão”, disse o promotor.

Leia mais - Investigador: Em quase 24 anos de carreira, nunca vi um crime como este

Durante a apresentação, o promotor exibiu no telão uma foto de Gilberto no momento em que foi preso em flagrante. Pediu desculpas à família pelas imagens, mas ressaltou a necessidade de mostrar aos jurados a brutalidade do crime. O promotor também reforçou que o Júri foi escolhido pela sociedade não para julgarem mais um crime ou mais um ser, e que o Júri não se trata sobre um julgamento, mas sobre valores da civilização, sobre a humanidade, sobre a barbárie e a selvageria. Ele reforçou que o papel do Ministério Público é entregar à sociedade o julgamento de “um ser demoníaco” e pediu que os jurados votem “com a consciência e o coração”. 

Ao falar do crime, o promotor destacou que se trata de um “plano diabólico”. Para ilustrar a cena, o promotor de justiça exibiu a planta baixa da casa das vítimas e explicou como se deu o ingresso do assassino à casa. Ele teria andado sobre o muro até chegar à janela do lavabo, por onde entrou. Os cães ainda teriam tentado o alcançar no muro. A primeira marca do chinelo do réu teria ficado na tampa do vaso sanitário, onde ele pisou quando pulou da janela.

Leia mais - Maníaco que matou e estuprou mãe e filhas vai participar de julgamento só por video

Ele também relatou que foi na cozinha que a vítima Cleci se deparou com o criminoso e lutou bravamente pela vida. Cleci teria tentado abrir a porta para que os cães entrassem ou que vizinhos pudessem ouvir os pedidos de socorro. Conforme o promotor, as duas filhas mais velhas entraram na cena para ajudar a mãe, mas sem conseguir lutar contra o criminoso, tentaram fugir pela janela do quarto, mas não conseguiram e foram assassinadas.

Conforme o promotor Gilberto agiu como todo feminicida age, no intuito de obter o domínio, por ódio e desprezo às mulheres e que após a sequência de crimes, o réu foi até a cozinha para lavar o chinelo e saiu pelo mesmo local por onde entrou na casa. Pipino também exibiu fotos da residência onde ocorreram os crimes e da obra onde Gilberto estava foragido e de onde observava as vítimas, antes de cometer os crimes.

“Ele tinha todo acesso aqui de cima porque ele tinha acesso visual à rotina e foi monitorando a movimentação das meninas”, afirmou o promotor.

Comente esta notícia