DA REDAÇÃO
Apontado pela Polícia Civil como mandante da execução de Esvandir Antonio Mendes, 61 anos, prefeito de Colniza (1.160 km a Noroeste de Cuiabá), Antônio Pereira Rodrigues Neto é empresário do ramo de combustíveis na cidade, dono de posto, e uma dívida com o prefeito pode ter motivado o assassinato.
O crime aconteceu no começo da noite de sexta-feira (15). Além de Antônio, foram presos os pistoleiros contratados para o serviço, Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva.
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Segundo o delegado, Caio Álvares Albuquerque, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, que foi para a região junto com três investigadores, para reforçar as investigações, o dinheiro encontrado no carro pertence a Antônio, que é empresário em Colniza do ramo de rede de combustível e táxi aéreo. "Dois deles confessam e Antônio permaneceu em silêncio", disse.
Internauta

Prefeito foi atacado em um carro, conseguiu dirigir, mas não resistiu e morreu.
Após os procedimentos do auto de prisão em flagrante, os suspeitos foram encaminhados à Cadeia Pública de Colniza. "Continuamos as investigações para esclarecer a motivação, principalmente, os mandantes. Sobre a motivação, tudo indica que seria dívida. É uma linha de investigação. Vamos continuar os trabalhos hoje para ver que se apuramos a mais", completa o delegado.
Os três presos pelo assassinato do prefeito foram autuados em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado, por motivo fútil, pela paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Eles também vão responder por tentativa de homicídio qualificado contra o secretário do município, Admilson Ferreira dos Santos, 41 anos - que estava com o prefeito no carro.
"Continuamos as investigações para esclarecer a motivação, principalmente, o rol de mandantes. Sobre a motivação, tudo indica que seria dívida. É uma linha de investigação", completa o delegado Caio Álvares.
Os criminosos, Zenilton Xavier de Almeida, Antônio Pereira Rodrigues Neto e Welisson Brito Silva, foram presos em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira (880 e 735 km a Noroeste da Capital), respectivamente. Eles fugiam em um veículo Fiat Uno cinza, quando foram abordados, cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da Regional da Polícia Civil de Juína, que desde o crime, no começo da noite de sexta-feira (15), auxilia as investigações.
Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, em espécie. O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes de R$ 10 mil.
Segundo o delegado Caio Álvares Albuquerque, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, que foi para região junto com três investigadores, para reforçar as investigações, o dinheiro encontrado no carro pertence a Antônio Pereira Rodrigues Neto.
Duas das armas do crime, um revólver calibre 38 e um fuzil 22, com numeração raspada, foram encontradas pela Polícia Militar, dentro de uma bolsa deixada no mato. As armas estavam cerca de 15 km de Colniza, localidade onde também foi abandonada a caminhonete da ação criminosa. Uma pistola, segundo as informações levantadas, teria sido jogada dentro de um rio. O Corpo de Bombeiros foi acionado para efetuar buscas a fim de localizá-las.
As armas passarão por perícia na Politec e o veículo dos criminosos já foi periciado no sábado (16).
Após os procedimentos do auto de prisão em flagrante, os suspeitos foram encaminhados à Cadeia Pública de Colniza. "Continuamos as investigações para esclarecer a motivação, principalmente, o rol de mandantes. Sobre a motivação, tudo indica que seria dívida. É uma linha de investigação. Vamos continuar os trabalhos hoje para ver que se apura a mais", disse.
O suspeito Antônio Pereira Rodrigues Neto é morador de Colniza e arregimentou os dois comparsas oriundos do Pará para o crime. Antonio é apontado como o mandante e também participou da execução do prefeito.
O crime
O prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, em um veículo SUV, preto, cerca de 7 quilômetros da entrada da cidade. O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. O fato ocorreu por volta das 18h40, de sexta-feira (15).
Acompanhamento
Nas primeiras horas de sábado (16), duas aeronaves do Centro Integrado de Segurança Pública (CioPaer) foram deslocadas ao município. Um avião seguiu com equipe da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá e Inteligência, composta por um delegado e três investigadores, para auxiliar as Polícias local nas investigações. Outra aeronave levou o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia Franciso, o comandante geral da Polícia Militar, coronel PM Marcos Cunha e o delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, que acompanham os trabalhos.
O secretário Gustavo Garcia destacou o empenho de todas as instituições da Segurança Pública e atuação célere na elucidação do crime. "O esclarecimento do fato teve um sucesso muito rápido, outros demandam mais tempo. Parabenizo os policiais que se dedicaram que estão horas sem dormir, trabalhando diuturnamente e comemoro o fortalecimento do sistema de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso", declarou.
"O sucesso dessa operação e de outras se deve a aproximação e integração das forças", disse delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi.
O comandante da Polícia Militar, coronel PM Marcos Cunha, também ressaltou a eficiência do sistema de segurança. "A rapidez na resolução de todo o caso, praticamente durante 10 horas já demos uma resposta a toda a sociedade. Parabenizo todos policiais militares e policiais civis".
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