GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
A Polícia Civil descartou, preliminarmente, a participação do ex-marido no assassinato de Samara Aparecida da Conceição, 34 anos, servidora pública e técnica de enfermagem em Colíder (a 650 km de Cuiabá). A principal linha de investigação agora aponta para a própria filha da vítima, de 13 anos, e o namorado dela, de 16, em razão do desaparecimento deles desde o crime.
Samara foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (11), dentro de casa no bairro Jardim Alvorada. O corpo estava no quarto onde, segundo o boletim de ocorrência, a vítima dormia acompanhada da filha adolescente.
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Conforme registrado pela Polícia Civil, familiares localizaram Samara no chão, com as mãos amarradas para trás com fios de ferro de passar roupas e uma camiseta enrolada no pescoço. Os sinais são de morte por esganadura, visto que ela não tinha lesões no corpo.
Fontes da polícia ouvidas pela reportagem dizem que as suspeitas recaem sobre a filha e o namorado porque a vítima não aceitava o relacionamento entre os dois. O desaparecimento da adolescente após o crime reforça essa linha investigativa.
Inicialmente, a polícia suspeitou de que o ex-marido estivesse envolvido no homicidio, porque Samara tinha medida protetiva contra ele. Em entrevista à imprensa local, militares reforçaram a hipótese.
"A gente recebeu a informação de que ela tem medida protetiva contra o ex, então há a suspeita sim [de ele estar envolvido]", informou a PM local.
Cena foi isolada para os trabalhos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O perito criminal Leandro Vallendorf, em análise preliminar, apontou que não foram constatados sinais de violência além da asfixia. “Aparenta, de forma preliminar, uma asfixia. É o que sugere, haja vista que no local não foi encontrada nenhuma lesão, nenhum sangramento ou algo que pudesse indicar uma morte de natureza diversa”, disse.
O corpo foi recolhido e encaminhado para exame de necropsia em Alta Floresta.
O caso é investigado pelo delegado Adan Ximenes. Ao , ele afirmou que segue tentando localizar os adolescentes, "e por essa razão ainda estou empenhado nisso".
Samara trabalhava como recepcionista na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Colíder. Em nota, a prefeitura lamentou a morte.
“Samara atuava com dedicação e carinho como recepcionista da UPA e era muito querida por toda a equipe e pela comunidade”, diz trecho.