APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
Os cinco trabalhadores maranhenses, que desapareceram em Várzea Grande em janeiro deste ano, foram assassinados pelo “tribunal do crime”, por supostamente pertencerem a uma facção rival àquela que é predominante em Mato Grosso.
Dois corpos já foram encontrados e tiveram a identidade confirmada. São: Diego de Sales Santos, de 22 anos; e Mefibozete Pereira da Solidão, de 25 anos.
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Ainda não foram encontrados os corpos de Wallison da Silva Mendes, de 21 anos; Wermison dos Santos Silva, de 21 anos; e Walyson da Silva Mendes, de 25 anos. Outros corpos foram encontrados próximos aos dois primeiros, mas ainda não há confirmação de que sejam dessas pessoas.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Rogério Gomes, não há elementos que os vinculem a nenhuma facção na região nordeste, nem mesmo passagens criminais relevantes.
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Os cinco maranhenses vieram para Mato Grosso por meio de uma agência para prestarem serviços e estavam alojados no bairro Jardim Primavera. Contudo, no dia seguinte à chegada, um dos encarregados da empresa foi buscá-los para realizarem exames admissionais e não os encontrou no local.
Operação Desterro
A Polícia Civil, por meio de Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, deflagrou, nesta quarta-feira (9.7), a operação Desterro, para cumprimento de 13 mandados contra integrante de uma facção envolvida no desaparecimento dos cinco maranhenses.
Os indivíduos são investigados pelos crimes de torturas, homicídios qualificados, ocultações de cadáveres e organização criminosa.
Nas buscas realizadas nos endereços em Várzea Grande, dois homens foram presos em flagrante e uma arma de fogo foi apreendida. Um dos suspeitos fazia uso de tornozeleira eletrônica de terceiro, que é a utilização do dispositivo por alguém que não é o monitorado.