MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O piloto italiano Francesco Turriziani, de 61 anos, flagrado num avião Cesnna 206T com R$ 4,6 milhões, escondidos em seis malas, no domingo (30), já foi condenado pela Justiça por diversos crimes. Francesco foi preso após fazer um pouso forçado no aeroporto rural de Alta Floresta (792 km da Capital).
O Tribunal Regional da 3ª Região (TRF-3) condenou o italiano por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo. Ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou o recurso e manteve a condenação.
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Consta nos autos, que a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou um avião Cessna Aircraft prefixo PT-WDI, que teria decolado sem plano de voo, em outubro de 2002. A Polícia Federal (PF) de Campo Grande (MS) foi acionada para verificar a aeronave que teria sido abandonada na pista de pouso no aeroporto da cidade.
No local, a PF encontrou uma pistola, calibre 380, e resíduos de cocaína dentro do avião. Diante disso, a Justiça Federal entendeu que havia fortes indícios de que a aeronave era usada para o tráfico de drogas.
Francesco teria apresentado documentos falsos, um mês antes da interceptação, para a Polícia Federal, em Campo Grande.
Entenda o Caso
Uma aeronave modelo Cessna 206T fez um pouso forçado, em um aeroporto rural de Alta Floresta (792 km da Capital), na manhã de domingo (30), após uma pane denominada "Flap", um problema na asa do avião. A Polícia Judiciária Civil (PJC) encontrou dentro do avião seis malas de dinheiro, em uma soma de R$ 4.679.750 milhões.
Segundo a PJC, o avião saiu da cidade de Sorocaba, com destino a Itaituba (SP), com duas paradas para abastecimento marcadas no roteiro, sendo uma feita em Jatai (GO), onde o piloto percebeu o problema, mas deu continuidade na viagem. A segunda era em Alta Floresta, local em que teve que fazer o pouso forçado.
A polícia foi acionada devido à "queda" de um avião. Ao chegar ao local, a equipe da PJC encontrou o piloto deixando o local em um táxi.
Na abordagem, foram encontradas as malas com dinheiro. O valor apreendido foi depositado em uma conta da Justiça, no Banco do Brasil.
Não havia outros ocupantes na aeronave, apenas o piloto.
O delegado Vinicius Nazário informou que piloto foi ouvido e a princípio não soube explicar a origem.