RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
A juíza Ana Helena Alves Porcel, da Terceira Vara Criminal de Nova Mutum (269 km de Cuiabá), negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Márcio Bertoso Barbosa. Ele está preso desde maio deste ano por esfaquear a mulher, que estava grávida de nove meses. O golpe atingiu e matou o bebê, dentro da barriga da mãe.
A decisão, que manteve a o homem preso, foi proferida pela juíza no último dia (6) de agosto. Na mesma ocasião, a magistrada agendou para o dia (12) de setembro a primeira audiência de instrução do caso.
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Conforme o processo, a defesa alega que Márcio é réu primário, possui emprego e residência fixa no município onde o crime aconteceu. Neste entendimento solicitava que ele cumprisse pena em regime semiaberto, ao menos.
Em resposta a magistrada relatou que a prisão é necessária para que a ordem pública seja mantida e para evitar o cometimento de novos crimes.
“Ademais, há que se ter em vista, que a garantia da ordem pública não se resume em prevenir a reiteração criminosa, mas também a resguardar a tranquilidade da população e a credibilidade das instituições como elemento fundamental da paz social, sendo certo que a soltura do acusado acarretaria no descrédito das instituições públicas locais, inclusive o Judiciário”, escreveu a magistrada.
O caso
O crime aconteceu na quitinete em que o casal morava em Nova Mutum, no dia (18) de maio deste ano. Relatos afirmam que a vítima vivia um relacionamento abusivo com o agressor e que no dia do fato teve uma briga com ele, afirmando que sairia de casa e foi esfaqueada.
Ao ter a prisão preventiva decretada na audiência de custódia, Márcio afirmou que as discussões eram constantes por desconfiar que o filho não fosse dele. Ele ainda confessou que esfaqueou a mulher por achar que ela iria para casa de outro homem ao vê-la arrumando as malas.
“Informa que ficou imbuído de ciúmes achando que sua esposa iria para de outro homem e sem pensar nas consequências pegou uma faca e esfaqueou a barriga da sua esposa quando a mesma estava se deslocando pelo corredor que dá acesso da sua casa até o portão de saída”, consta no depoimento do agressor.
A gestante correu para a rua e caiu no chão. Testemunhas acionaram o Corpo de Bombeiros, que levou a vítima para o Hospital Municipal de Nova Mutum, onde ela passou por cirurgias de emergência, mas o bebê morreu.
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Pai matou bebê na barriga da mãe por achar que filho era de outro
Rosalino Teodoro Velasco 20/08/2018
Para mim, esse cara é pior do que um criminoso, é um monstro, se ficar solto, coloca a sociedade em risco. A Juíza está correta.
1 comentários