GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
A Justiça manteve a prisão preventiva de Eduardo Cristian Martins Correa do Nascimento, contador apontado pela Polícia Civil como mentor de um esquema criminoso que criou 310 empresas em nome de “laranjas” para registrar sites falsos de e-commerce usados em lavagem de dinheiro e golpes contra consumidores em todo o país.
Conforme informações do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Eduardo foi preso na Operação Domínio Fantasma, por ordem da juíza Edna Derli Coutinho, da Vara Criminal de Cuiabá. Na tarde dessa terça-feira (11), ele passou por audiência de custódia e avaliou que persistem os motivos que justificaram a detenção.
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Como noticiado pelo
, Eduardo é apontado como responsável por um esquema milionário desarticulado durante a Operação Domínio Fantasma, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI). As investigações apontam que ele utilizava empresas de fachada registradas em nome de terceiros para criar sites falsos de vendas, arrecadar valores via Pix e cartão de crédito e não entregar os produtos.
De acordo com as investigações, o esquema movimentou valores milionários e proporcionou a Eduardo uma vida de luxo, com viagens internacionais e carros de alto padrão, ostentados nas redes sociais. Parentes do contador também são apontados como integrantes do grupo criminoso.
Segundo o delegado Guilherme Fachinelli, titular da DRCI, ainda não é possível estimar o prejuízo total causado pelas fraudes. Ele explicou que Eduardo é especializado em dropshipping, modelo de comércio eletrônico em que o vendedor não mantém estoque próprio, e também atua no setor de iGaming, voltado a jogos de azar na internet.
Em suas redes sociais, o contador se apresentava como fundador das empresas EMX Recebimentos Real x USDT (criptomoeda) e EMX Contabilidade para Empresários Digitais, oferecendo serviços de abertura de CNPJ “em até 48 horas” e “redução de impostos em até 15%”.
A Polícia Civil identificou que os “laranjas” usados por Eduardo eram jovens de baixa renda de outros estados. As empresas de fachada, criadas entre 2020 e 2024, serviam para registrar e-commerces falsos em diversos segmentos, como brinquedos, roupas e cosméticos. Os sites eram divulgados por meio de anúncios pagos, recebiam pagamentos via Pix e cartão de crédito, mas os produtos nunca eram entregues.
Em um dos casos, o contador chegou a clonar o site de uma marca famosa de cosméticos para enganar clientes.
Além da prisão, foram cumpridos mandados de sequestro de imóveis, veículos de luxo e bloqueio de R$ 5 milhões em bens, além de medidas cautelares de suspensão de perfis em redes sociais, sites e atividades econômicas.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Justiça 4.0 e estão sendo cumpridas nas cidades de Cuiabá e Sorriso.














ELIANE GOMES RODRIGUES 11/11/2025
Tomara que fique realmente preso.. já comprei várias coisas pela internet e nunca chegou tem que acabar com esse site falsso pena que
1 comentários