EDUARDA FERNANDES
DO REPÓRTER MT
Foi convertida em preventiva a prisão em flagrante de Iris Divino de Freitas pelo assassinato de Enil Marques Barbosa, de 59 anos. O criminoso admitiu à polícia que amarrou e enterrou a mulher viva no quintal de casa após uma discussão no último sábado (07), em Cuiabá. Depois disso, ele colocou fogo sobre o local onde o corpo foi enterrado. A decisão foi proferida pelo juiz plantonista Moacir Rogério Tortato na tarde desta sexta-feira (13) em audiência de custódia.
“Com relação às circunstancias ou ‘Periculum Libertatis’, não há dúvida de que a gravidade concreta do delito é presente, haja vista a superior demonstração de elementos que indiquem que o delito não se tratou daquele ordinário ou que indique dolo brando, ao contrário, indica nível de gravidade bastante superior e isso vulnera severamente a ordem pública”, diz trecho da decisão.
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O magistrado acrescenta que o criminoso possui várias passagens e condenações definitivas, sendo reincidente. “E tem mais, estava ele em cumprimento de pena e em tal condição teria praticado novo delito grave, o que vulnera ainda mais a ordem pública”.
Ainda na decisão, o juiz cita que ele responde a processo em outra comarca, que veio a ser suspenso por falta de informação de seu paradeiro, “o que fere a garantia de aplicação da lei penal”.
Extrema frieza
Conforme depoimento do assassino, durante a briga ele deu um empurrão na companheira, que caiu no chão, bateu a cabeça e ficou desacordada. Ao invés de oferecer socorro, Idris amarrou os braços e pernas da vítima e a enterrou em um buraco no quintal de casa.
Conforme o delegado, o corpo da vítima estava intacto. Isso pode apontar que a vítima conseguiu desamarrar um dos braços e tentou fugir da cova onde havia sido enterrada. Mesmo vendo que a companheira estava viva, Idris não recuou.
O criminoso ainda se apossou do celular da vítima e passou a mandar mensagens para os familiares dela, na tentativa de evitar que ele fosse descoberto.