CHRISTINNY DOS SANTOS
DO REPÓRTERMT
O empresário Jorlan Cristiano Ferreira, 44 anos, foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver da jovem trans Mayla Rafaela Martins, de 23 anos. A delegada Ana Caroline Mortoza Lacerda, do Núcleo de Defesa da Mulher da Delegacia de Lucas do Rio Verde, concluiu o inquérito na sexta-feira (26).
O crime se enquadra na qualificadora de feminicídio, quando a mulher é morta por razões da condição de sexo feminino, ou seja, por ser mulher, no contexto da violência doméstica.
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Jorlan Cristiano confessou o crime, que teria sido motivado por uma suposta provocação. O empresário tem um bar no município de Lucas do Rio verde, onde se encontrou com a vítima. Lá, os dois teriam entrado em vias de fato, após um desentendimento.
Segundo apurado pelo RepórterMT, Mayla estava com medo do empresário, que se tornou cliente dela, desde que a vítima chegou à cidade, onde atuava como garota de programa. Ela chegou a dizer que pretendia voltar para Várzea Grande, onde mora a família dela.
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O caso
Mayla foi morta com vários golpes de faca, na madrugada do dia 15 de janeiro. O corpo da vítima foi encontrado por funcionários da fazenda Rio Verde, enquanto faziam a colheita. Um deles passou a máquina de plantio por cima do cadáver.
Os investigadores chegaram ao criminoso após receberem a informação de que um carro preto abordou a vítima em um posto de combustíveis da cidade. Depois, o mesmo veículo foi visto indo em direção ao local onde o corpo foi encontrado.
A partir dessas informações, os agentes conseguiram identificar a placa do carro e também Jorlan, que é o proprietário. O veículo foi encontrado em um lava-jato e o empresário estava em casa.
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Segundo o criminoso, ele matou a vítima no quintal de sua residência. Em seguida, enrolou o corpo com a lona de uma piscina infantil e ocultou na lavoura, que fica na MT-458, entre Lucas do Rio Verde e Sorriso.
Jorlan está preso preventivamente.