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Cuiabá, 01 de Maio de 2024
01 de Maio de 2024

18 de Abril de 2024, 11h:14 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO DIAPHTHORA

Delegado preso por montar "gabinete do crime" teria recebido propina de Silval Barbosa

A informação consta na decisão da juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara Criminal de Peixoto de Azevedo.

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



O delegado Geordan Fontenelle, preso na manhã desta quarta-feira (17), acusado de liderar um esquema de corrupção na delegacia de Peixoto de Azevedo, teria recebido propina do ex-governador Silval Barbosa. A informação consta na decisão da juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara Criminal de Peixoto de Azevedo, que veio à tona nesta quarta-feira (17), com a Operação Diaphthora.

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Na decisão em que o Repórter MT teve acesso, consta que havia um inquérito policial instaurado em 2022, cujo o ex-governador era o principal investigado. Além dele, um empresário do ramo de mineração também era suspeito.

As investigações revelam que o sobrinho de Silval, Antônio da Cunha Barbosa Neto, foi visto entrando na delegacia com uma mochila preta, mas ao sair da unidade policial, já não carregava mais nada.

Algum tempo depois, o delegado chegou à delegacia dirigindo uma caminhonete Mitsubishi MMC/ L200 Triton Savana, que estava no nome do sobrinho de Silval. Contudo, "numa atitude completamente estranha, no dia 17/10/2022, houve a comunicação de venda e, consequentemente, a transferência de propriedade desse veículo para a esposa de Geordan", diz trecho da decisão. 

"Daí que se infere que o veículo foi transferido como parte do pagamento de propina ao delegado, já que durante a investigação demonstrou ser pessoa que anseia por dinheiro ilícito e se utiliza das atribuições de seu cargo para angariar tais vantagens indevidas", completou a juíza. 

OPERAÇÃO DIAPHTORA

O delegado Geordan foi preso, junto a um investigador. Os dois são acusados de integrarem um esquema que cobrava estadia de criminoso na delegacia de polícia, além de cobrar multas para liberação de itens apreendidos, como carros, celulares e outros.

Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”.

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