DA REDAÇÃO
A Polícia Judiciária Civil pediu a prisão preventiva dos pais biológicos da menina Ida Verônica Feliz, 8 anos, sequestrada no dia 26 de abril deste ano, no bairro Porto, em Cuiabá. O pedido de prisão de Pablo Milano Escarfulleri (italiano) e Elida Isabel Feliz (dominiquenha), está sob análise da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, do Fórum da Capital, juntamente com outra medida judicial de monitoramento.
Os pedidos foram protocolados pelo delegado Flávio Henrique Stringueta, chefe da gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Divisão Anti-Sequestro, da Polícia Judiciária Civil, no dia 8 de maio, e aguarda deferimento da Justiça.
De acordo com o delegado os pais biológico são apontados como mentores intelectuais do sequestro, executado por dois homens que, na tarde do dia 26 de abril, levaram Ida Verônica de dentro da casa da família adotiva, em Cuiabá. Eles fugiram em um Celta branco.
Nas investigações, o delegado Flávio Stringueta, por meio da Polícia Federal, pediu apoio a Polícia Internacional (Interpol), para localizar a criança, que já estaria no exterior. “Com as prisões [pedidas] teremos um apoio mais imediato das polícias internacionais”, afirma.
Na apuração do sequestro, os retratos falados dos suspeitos também foi divulgado pelo GCCO, mas até agora a Polícia não tem pista dos sequestrados. O primeiro retrato é de um homem que usou o celular de uma mulher, em Matupá (685 km ao Norte), para enviar uma mensagem ao celular da irmã adotiva de Verônica, na tarde do sequestro. A mensagem dizia que iriam pedir resgate e que não incluíssem a Polícia no caso, senão "matariam a Veroniquinha".
O segundo retrato falado é do homem que entrou na casa e sequestrou Ida Verônica, quando ela estava sozinha com a irmã. Segundo a principal testemunha, o suspeito bateu na porta da residência perguntando sobre a venda de um terreno e, em seguida, pediu água e perguntou se havia mais alguém na casa. No instante, a menina Ida apareceu e o suspeito apontou uma arma de fogo para a irmâ, puxando a criança para fora da residência.
De acordo com descrições da principal testemunha do caso, um dos suspeitos é pardo escuro, idade entre 35 e 37 anos, altura entre 1.70 a 1.75 m, é magro com peso aproximado de 80 quilos, tem olhos escuros, usa cavanhaque e vestia camiseta preta, calça jeans preta. Informações podem ser passadas no disque-denúncia 197 da Polícia Civil.
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Os pais biológicos da criança foram presos no Brasil por tráfico de drogas em 2006. A mãe de origem dominicana, Élida Isabel, em um apartamento em Florianópolis (SC) com 3 mil comprimidos de ecstasy, pelo qual foi condenada a 10 anos de prisão. O pai Pablo Milano Escarfulleri foi preso por tráfico internacional e expulso do país no ano de 2009, após cumprir pena por tráfico de drogas em Mato Grosso.
A mãe dominicana foi colocada em liberdade, mas depois teve novamente a prisão preventiva decretada pela Justiça de Santa Catarina, por quebra de regime. No dia 30 de setembro de 2010, a mulher fugiu levando outro filho biológico, na época com três anos, que morava provisoriamente com uma família na cidade de Tubarão (SC). O menino nasceu na prisão.
GCCO divulgou retratos falados dos suspeitos. Veja abaixo.