APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Zuquim Nogueira, admitiu que o afastamento de dois magistrados da Corte, bem como o escândalo do vale-peru afetam a imagem da Justiça no Estado, mas ponderou que isso não macula o Poder Judiciário.
“Eu digo que, obviamente, reflete na opinião pública, não tem como fugir disso. Isso reflete, respinga, mas são situações pontuais que não maculam o Judiciário no todo”, afirmou.
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Desde agosto de 2024, os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho estão afastados dos cargos de desembargadores por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por suspeita de integrarem um esquema de venda de sentenças.
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Além disso, o tribunal protagonizou um outro escândalo quando a ex-presidente, Clarice Claudino da Silva, no apagar das luzes, autorizou o pagamento de R$ 10 mil para cada servidor do Judiciário estadual.
Zuquim destacou a fala do corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, que durante vistoria no TJMT defendeu expurgar do Judiciário os maus juízes. Para ele, é preciso separar o joio do trigo.
“Eu achei oportuna a manifestação do corregedor nacional quando ele afirma que existe um Judiciário forte, um Judiciário certo e que podem ter algumas situações pontuais que estão sendo investigadas. E se culminar em responsabilização, obviamente, vai advir do CNJ, do STF, que é onde tramitam os processos”, destacou.
“Eu digo que são escolhas. Eu escolhi ser magistrado, eu escolhi realmente nesses 40 anos de magistratura me pautar com seriedade e prestar serviço à sociedade que me paga para isso”, acrescentou.