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Cuiabá, 27 de Agosto de 2025
27 de Agosto de 2025

24 de Junho de 2025, 11h:38 - A | A

PODERES / DEVASSA NO TJMT

Corregedor nacional fala em "expurgar" maus juízes da magistratura

Fala foi feita na abertura dos trabalhos da inspeção do CNJ ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, defendeu expurgar da magistratura os juízes e juízas que cometem atos criminosos. A fala foi feita nesta terça-feira (24), durante a cerimônia de abertura dos trabalhos da inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

“Nós temos o dever de expurgar da magistratura nacional aqueles que se hospedaram indevidamente nela”, disse o ministro.

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A inspeção do CNJ acontece em um momento em que o TJMT ganhou evidência no cenário nacional em razão do afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de sentenças.

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Além disso, o tribunal teve que anular decisão que autorizou o pagamento de uma “vale-peru” no valor de R$ 10 mil para cada servidor do Poder Judiciário Estadual.

Ao todo, serão quatro dias de trabalho da equipe de inspeção, composta por 30 pessoas. Eles terão acesso livre à todas as informações e documentações da corte estadual.

Durante sua fala Campbell Marques sinalizou, contudo, que não se trata de uma “caça às bruxas”, mas um procedimento administrativo de rotina.

“O objetivo de uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça não é outro senão verificar se este tribunal dos mato-grossenses está seguindo os atos normativos emanados do Conselho Nacional de Justiça. Nós não temos atividades correcionais a serem setadas aqui nesta oportunidade”, disse o ministro.

Ele ainda ressaltou que não é papel do CNJ “brincar” com a honra dos magistrados brasileiros e do Judiciário nacional.

“Não nos cabe nenhum protagonismo político, não nos cabe fazer qualquer proselitismo político, não nos cabe brincar com a honra de ninguém, sobretudo com a honra da magistratura nacional”, afirmou.

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