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Cuiabá, 09 de Maio de 2025
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15 de Junho de 2018, 16h:30 - A | A

PODERES / DESVIO DE R$ 30 MILHÕES

STJ nega pedido para soltar deputado que liderou esquema no Detran

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), Mauro Savi chefiou um esquema que teria desviado cerca de R$ 30 milhões do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT).

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



A ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou um pedido de liberdade feito pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso em favor do deputado estadual Mauro Savi (DEM). O parlamentar está preso no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde o dia 09 de maio em decorrência da segunda fase da Operação Bereré, chamada de Bônus.

O pedido, protocolado na segunda-feira (11) pelos procuradores da Assembleia Grhegory Paiva Pires Moreira Maia e Bruno Willames Cardoso Leite, foi negado nesta sexta-feira (15), mas a íntegra da decisão deve ser publicada apenas na terça-feira (19).

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O objetivo da Assembleia era de permitir que uma votação realizada pelos deputados no dia 07 de junho valesse para libertar o deputado. Os parlamentares aprovaram a soltura dele por unanimidade. O Parlamento já havia sido derrotado no Tribunal de Justiça e recorreu ao STJ, onde agora também teve o pedido negado.

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), Mauro Savi chefiou um esquema que teria desviado cerca de R$ 30 milhões do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). O deputado teria sido o líder da suposta organização criminosa entre 2009 e 2014, atuando como “presidente de fato” e “dono” do órgão.

O ex-presidente do Detran-MT Teodoro Lopes, conhecido como Dóia, foi indicado por Savi para o cargo. Dóia fechou um acordo de colaboração premiada com a Justiça dando início à primeira fase da operação. Os recursos teriam sido desviados de um contrato do órgão com a empresa EIG Mercados, antiga FDL, para o registro dos financiamentos de veículos de todo o Estado.

Em outubro do ano passado, a Assembleia votou e libertou o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD). Sem passar pelo Judiciário, os deputados foram ao CCC com a resolução emitida pela própria Assembleia Legislativa e libertaram Fabris. Ele havia sido preso por suposta obstrução de Justiça durante a deflagração da Operação Malebolge, na qual é investigado.

Na prisão do deputado Mauro Savi, o desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, reiterou a necessidade de expedição de alvará de soltura por parte do Judiciário.

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