Selma Arruda defende prisão perpétua para quem 'não tem conserto'

RepórterMT

Para a juíza aposentada, Selma Arruda, no Brasil todo crime compensa.

DA REDAÇÃO

Ao comentar sua intenção em disputar ao Senado, a juíza aposentada Selma Arruda (PSL) declarou na quinta-feira (05), que pretende atuar na mudança da Constituição brasileira, que ela considera falha. A prisão perpétua deve ser uma das bandeiras defendidas pela magistrada, que ficou conhecida por determinar as prisões de figurões da política de Mato Grosso, como o ex-governador Silval Barbosa.

“Existem mudanças Constitucionais urgentes. Nossa constituição é feita para funcionar lá na Suíça. (...) A Constituição, por exemplo, não permite prisão perpétua. Eu não acredito na pena de morte. Eu como juíza jamais faria sentença decretando morte de alguém, não sou Deus, mas acredito na perpétua, porque há casos em que a pessoa não tem conserto”, argumentou em entrevista ao programa de rádio Jornal da Pan.

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A juíza aposentada considera que no Brasil qualquer crime compensa, já que a Justiça tem diversos “puxadinhos” que resultam em impunidade, como a audiência de custódia, que ela considera um mecanismo criado para não encher cadeia, mas que está resultando no contrário, já que o criminoso tem certeza que ficará impune e continua a atuar.

Para Selma Arruda, outra grande necessidade de mudança é quanto às delações premiadas. Ela usou o exemplo do ex-governador Silval Barbosa, que chefiou um esquema de corrupção no Estado e responde em liberdade. Para ela, o caso ficou longe de fazer Justiça.

“Nós ficamos longe em função de um sistema de delação premiada que não funciona. (...) A colaboração  dele deveria valer para os crimes que ele delatou acima dele e não para os crimes que ele delatou abaixo dele. Ele foi o chefe de uma organização  criminosa e eu fui obrigada a beneficiá-lo porque ele fez colaboração premiada e quem homologou foi no STF e eu não tinha poder nenhum para insurgir contra isso”, comentou.