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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
19 de Maio de 2024

04 de Fevereiro de 2017, 10h:30 - A | A

PODERES / ESQUEMA DO GRUPO SOY

Réu por estelionato quer que vítimas comprovem origem lícita de dinheiro

Walter Dias Júnior é acusado de compor organização criminosa que aplicou golpes que somam mais de R$ 50 milhões

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



A defesa do empresário Walter Dias Magalhães Júnior, réu por estelionato na Operação Castelo de Areia, solicitou à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que determine que as vítimas da organização criminosa formada para aplicar golpes milionários comprovem a origem lícita do dinheiro que afirmam ter perdido com a fraude praticada por meio do Grupo Soy.

Walter Magalhães é réu no caso com o ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador João Emanuel Moreira Lima e outros acusados

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O advogado Victor Borges, que representa Walter, questionou a legalidade das quantias milionárias que teriam sido empregadas pelas vítimas da organização criminosa.

“Toda essa movimentação financeira passou ou não pelo crivo do Fisco? Qual a origem desses valores que as tais ‘vítimas’ supostamente teriam repassado? Não haveria incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ou de qualquer outro imposto? Essas movimentações financeiras não deveriam ser informadas na ficha ‘Dívidas e Ônus Reais’, disponibilizada pela Receita Federal do Brasil?”, disse.

Repórter MT

victor borges

 Advogado Vitor Borges

Borges ironizou o fato de que agricultores, empresários e investidores não conhecessem as regras do sistema financeiro e, por isso, quer que eles apresentem a origem do dinheiro que afirmam ter empregado nos negócios oferecidos pelo Grupo Soy.

O representante de Walter Dias levantou a hipótese de que as vítimas sejam, na verdade, sonegadores fiscais e que, caso a legalidade dos valores que afirmam ter perdido não seja apurada pelos órgãos competentes, o Judiciário estaria contribuindo com o crime de lavagem de dinheiro.

Para Victor Borges, causa estranheza o fato de que os golpes teriam sido aplicados desde o ano de 2012, mas só tenha vindo a público em 2016.

“Até o desencadeamento da operação policial, ninguém se sentiu prejudicado, enganado ou vitimado a ponto de acionar a Polícia? Essas “várias outras vítimas” aceitaram o 'golpe milionário' em silêncio?”, questionou. 

De acordo com a denúncia, a organização criminosa deve ser responsabilizada pelos supostos prejuízos sofridos pelas  seguintes pessoas:

 1) Teilor Seidler – R$ 398,6 mil

2)  Léo Flávio Costa – R$ 24 mil

3) Ademir Macorin da Silva – R$ 170 mil

4) Nilson Müller – R$ 593,9 mil em prejuízos e mais R$ 1,9 milhão que teriam sido gastos com advogados

5) Alessandro Nicoli – R$ 309 mil

6) Edson Vieira dos Santos – Não houve prejuízo porque cheques foram sustados

7)  7) Gilson César dos Nascimento – R$ 40 mil

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