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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
19 de Maio de 2024

20 de Setembro de 2016, 12h:57 - A | A

JUDICIÁRIO / VEJA VÍDEO

Vítima de João Emanuel diz que foi ameaçada de morte e faliu após golpe

O empreiteiro Edson Vieira dos Santos entregou para ex-vereador 40 cheques no montante de R$ 50,5 milhões sem fundos.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



O técnico em edificações Edson Vieira dos Santos, 49, dono da empresa Criativa Construções, se apresentou à imprensa, na manhã desta terça-feira (20), como uma das vítimas do ex-vereador João Emanuel Moreira Lima, alvo da Operação Castelo de Areia, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que investiga um grupo de estelionatários encobertos pelo Grupo Soy, empresa que seria utilizada para ludibriar e arrecadar dinheiro junto a clientes.

João Emanuel teria entregue a Edson um cheque de R$ 3 milhões, que ao ser depositado, acabou voltando por não possuir fundos. Foi quando Edson diz ter percebido que caiu em um golpe e sustou todos os seus 40 cheques.

Edson afirma que em dezembro de 2015 foi procurado por João Emanuel, que se identificou como presidente do Grupo Soy e que teria trazido para Mato Grosso um banco chinês para fazer investimentos no ramo da construção. João Emanuel também teria apresentado um projeto de construção de apartamentos no Amazonas em uma área de 6,9 mil hectares. O empreiteiro teria participação de 5% no total do empreendimento, o que lhe renderia R$ 170 milhões, mas antes, teria que entregar 40 cheques no montante de R$ 50,5 milhões.

Dono de uma empresa de pequeno porte, que não tem funcionários e que terceiriza todos os seus serviços, Edson Vieira não possuía tamanho lastro financeiro, mas emitiu os cheques cob a condição de que os valores seriam cobertos pelo Grupo Soy. O primeiro cheque seria descontado em março deste ano e o Grupo Soy depositaria R$ 5,5 milhões para cobri-lo. Desse valor, João Emanuel teria entregue a Edson um cheque de R$ 3 milhões, que ao ser depositado, acabou voltando por não possuir fundos. Foi quando Edson diz ter percebido que caiu em um golpe e sustou todos os seus 40 cheques.

Edson afirma já ter perdido sua casa, um veículo Reunalt Clio e sua moto CG Fan, além de sua empresa ter ficado desativada por conta dos inúmeros protestos na praça.

No entanto, eles já haviam ido parar nas mãos de agiotas, que estariam cobrando o empreiteiro até hoje. Por conta disso, Edson afirma já ter perdido sua casa, um veículo Reunalt Clio e sua moto CG Fan, além de sua empresa ter ficado desativada por conta dos inúmeros protestos na praça.

No primeiro momento da coletiva de imprensa, convocada pela defesa de Edson, patrocinada pelos advogados Fabianie Mattos Limoeiro e Diogo de Oliveira da Cruz, foi informado que Edson não gostaria de ter sua imagem divulgada porque vinha recebendo ameaças de morte, por parte desses agiotas, cujas identidades não foram reveladas. No decorrer de suas declarações, Edson afirmou que nunca recebeu ameaça de morte, mas sim de que seria denunciado à Polícia pelo crime de estelionato.

Questionado se não conhecia a má reputação de João Emanuel, que já era conhecido por suas fraudes na Presidência da Câmara Municipal de Cuiabá, Edson afirma que nunca soube dos escândalos pregressos da pessoa com quem negociou, também afirma que sempre ia sozinho ou com o engenheiro de sua empresa nas cinco reuniões em que participou na sede do Grupo Soy, em Várzea Grande, onde sempre estavam presentes João Emanuel e seu irmão Lázaro Moreira.

Edson não teve a preocupação de contratar um advogado próprio para orientá-lo nas negociações. Ele conta que João Emanuel é quem realizou a representação de ambas as partes do contrato. Foi ele também quem trouxe um chinês para uma das reuniões, onde fingiu traduzir o falso representante do banco HSBC Internacional, que iria entrar com o investimento de R$ 7 bilhões no negócio. Edson entregou as 40 folhas de cheque mesmo antes de abrir a conta no banco que financiaria seu empreendimento. 

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Reprodução

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