Presidente da AMM vê anúncio de Trump como blefe e alerta para impacto em MT: “Dano econômico muito grande”

Reprodução

Léo Bortolin, presidente da AMM, não acredita que tarifaço de 50% irá se concretizar

VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) Léo Bortolin disse que, se o presidente dos Estados Unidos Donald Trump realmente aumentar a tarifa sobre a importação de produtos brasileiros de 10% para 50%, como anunciou nessa quarta-feira (09), Mato Grosso irá sofrer um dano econômico muito grande. Por isso, Bortolin prefere acreditar que o aumento é apenas uma ameaça e que não vai acontecer.

“É péssimo o tarifaço e eu acredito muito que isso não vai acontecer de fato. Pelo menos o que eu li até ontem madrugada a dentro falava que existe a possibilidade de só ter sido um tom de ameaça”, disse o presidente da AMM.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

“Eu acredito muito que isso não vai acontecer, porque, com certeza, isso traria um dano econômico muito grande pro Estado de Mato Grosso, até que o Estado consiga se reorganizar com outros centros consumidores ou importadores. Então eu quero crer que isso de fato não vai acontecer”, completou.

De acordo com o anúncio feito por Trump, o aumento é uma reação contra o tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em relação ao julgamento sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

Ainda dentre as justificativas do tarifaço de 50%, o presidente dos EUA destacou que o Brasil ataca os direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos através de censura das redes sociais. Ele também considerou a relação comercial entre o Brasil e os Eua como injusta.

Para Bortolin, uma forma de minimizar os impactos econômicos que o tarifaço pode causar ao Brasil é abrir o diálogo com outros mercados internacionais, além de fortalecer o diálogo comercial entre o Brasil e os EUA.

“É claro que hoje os Estados Unidos não é o único grande mercado consumidor. Eu defendo que o Brasil tem que ter um alinhamento não só com os Estados Unidos, não só com a Europa, não só com a China ou com a Índia também, que é o maior mercado consumidor hoje do mundo. Então eu acredito que esse diálogo de abertura de mercados internacionais ele tem que existir, mas eu sempre defendo a questão do fortalecimento comercial entre as Américas, ou seja, entre o Brasil e os Estados Unidos”, ressaltou.

Por fim, Léo Bortolin voltou a defender que não acredita que o tarifaço de 50% se concretize, pois não acha que Trump iria prejudicar a nação brasileira por questões políticas.

“Eu acredito que por esse motivo que ele não vai prejudicar uma nação inteira com mais de 200 milhões de habitantes. Não é possível que aconteça, o maior líder mundial acabar prejudicando uma sociedade como um todo devido a uma situação política nacional”, concluiu.

Caso o aumento do tarifaço aconteça, passará a valer a partir do dia 1º de agosto.