CAMILLA ZENI
DA REPORTAGEM
O governador Mauro Mendes (DEM) declarou nesta terça-feira (14), à imprensa, que partiu dele um dos pedidos de investigação, que culminaram a Operação Fake News, deflagrada pela Polícia Civil contra o empresário Popó Pinheiro, irmão do prefeito Emanuel Pinheiro e dois ex-servidores da Prefeitura de Cuiabá.
“O pedido partiu de mim e de outras pessoas, porque além de atacar a minha família eles atacaram várias pessoas. Então são vários inquéritos. É uma quadrilha que se especializou em espalhar mentiras, fake news”, ressaltou Mauro que completou defendendo a punição necessária.
“Quero que eles recebam aquilo que a lei determina”, asseverou.
O governador ainda lamentou que a polícia tenha que perder tempo com esse tipo de operação.
“É uma quadrilha que se especializa em espalhar mentiras e inverdades e lamento profundamente termos que gastar o tempo da polícia para ficar perseguindo esse tipo de gente”, disse.
Entenda
A Polícia Civil investiga se o trio tem relação com a acusação, disseminada por redes sociais, e até em mídia nacional de que o governador e a primeira-dama, Mauro e Virginia Mendes, teriam contratado um detetive particular para investigar o jornalista Alexandre Aprá.
A informação de perseguição ao jornalista foi divulgada nacionalmente no mês de setembro, quando ele disse que deixou o Estado após sofrer ameaças. O caso também foi denunciado à Polícia Federal, que declinou da competência e encaminhou a investigação à Polícia Civil.
A polícia apontou que o grupo também é investigado pela disseminação da falsa informação de que uma nova "grampolândia" teria sido instalada no Palácio Paiaguás, acusando o governador e o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, de estarem gravando as reuniões com os deputados estaduais.
Contudo, foi realizada perícia na sede do governo e nada foi encontrado.