DA REDAÇÃO
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), teria recebido dinheiro de “caixa 2” nas eleições de 2010, do Grupo Marfrig. A empresa teria doado R$ 5 milhões para as campanhas de Maggi e do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
A informação consta na delação de Silval, que apontou que o grupo teria aceitado o esquema em troca de benefícios fiscais e redução de impostos, por meio do programa Prodeic.
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“O colaborador se recorda de ter conversado com o representante da empresa MARFRIG no ano de 2010 ou 2011, sendo que nessa conversa foi pedido para tal empresa ajuda nas despesas de dívida de governo que o colaborador herdou do governo anterior, sendo que as tratativas desse retorno eram feitas com o Presidente da Empresa chamado MARCOS MOLINA, tendo MARCOS MOLINA pedido em troca incentivos fiscais para a empresa MARFRIG, que foi dado via PRODEIC”.
Conforme Silval, todo o esquema foi executado pelo ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, que também teve a delação homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, em julho. O ministro determinou na semana passada que a delação do ex-secretário seja juntada à de Silval, uma vez que se complementam.
Nadaf, por sua vez, apontou que o senador Cidinho Santos (PR) também teria participado das negociações, uma vez que é suplente de Maggi. Parte do dinheiro repassado a Silval foi feito em contrato do Estado com a construtora Trimec, que simulou terceirizar o serviço com a empresa Pampeado, pertencente ao Grupo Marfrig.
No entanto, tanto o ex-secretário, quanto Silval declararam que a empresa não fez todo o repasse.
“Toda a operacionalização foi realizada por PEDRO NADAF, ex-secretário da Casa Civil, a pedido do colaborador, sabendo que a empresa acertaria cerca de R$ 4 a R$ 5 milhões de reais, não sabendo detalhes do pagamento, pois foi feito por NADAF. A empresa ficou devendo o retorno de R$ 1.500.000,00, sendo que essa parte que ficou sem acertar ficaria com PEDRO NADAF”, revelou Silval.
“O Grupo Marfrig iria receber de volta muito mais do que os R$ 5 milhões que estava doando para as campanhas políticas, através dos incentivos fiscais que Silval Barbosa barganhou por tal apoio financeiro. O auxílio para campanha do governador também como dinheiro de propina, foi ressarcido à empresa através dos incentivos fiscais, deixando assim o Estado de receber milhões de tributos do Grupo Marfrig”, afirmou o ex-secretário da Casa Civil.

Com relação à matéria veiculada pelo site RepórterMT, no dia 4 de outubro, esclarecemos que os fatos relativos à Marfrig apontados no depoimento do ex-governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, foram exaustivamente investigados pelo Ministério Público do Estado do Mato Grosso, cuja conclusão é a inexistência de crime praticado por pessoas vinculadas ao grupo.
A seguir, a manifestação da promotora do Ministério Público Estadual do Mato Grosso, Ana Cristina Bardusco Silva, que destaca a postura colaborativa do Grupo Marfrig e a efetividade de sua área de compliance.
“O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, através da Promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco Silva, esclarece que o Grupo Marfrig, no ano de 2016, através de apuração interna da sua área de compliance, contribuiu de forma espontânea com as investigações relativas ao pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos do estado do Mato Grosso que compõe a organização criminosa desbaratada na Operação Sodoma. Após investigação que contou com ampla cooperação do grupo Marfrig, esta Promotoria concluiu que o grupo foi compelido a se submeter às exigências, não sendo imputado aos seus dirigentes a prática de qualquer ato de natureza criminal.”
Diante dos esclarecimentos, a Marfrig reforça seu compromisso com a transparência e a ética.
Armindo de Figueiredo Filho Figueiredo 04/10/2017
QUE BELA FOTO!!!!TAPINHA NAS COSTAS... MARAVILHA!!!! . Só que esse "TAPINHA" deveria ter sido na "CADEIA" >>>Um recepcionando a chegada do outro.....
1 comentários