FLÁVIA BORGES
DA REDAÇÃO
A juíza Selma Rosane Arruda, que conseguiu o direito a aposentadoria nesta terça-feira (27), afirmou que na próxima semana vai definir em qual partido vai se filiar para disputar um cargo eletivo no pleito deste ano. A fala da juíza contrapõe o que disse o pré-candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, que afirmou que Selma já havia fechado com o PSL.
“Não é um partido de anjos e santos. Eu só preciso de um partido onde as pessoas não estejam envolvidas com corrupção. Eu não preciso entrar para a política. As minhas exigências são de não ter que compartilhar palanque com pessoas que respondem ou responderam a ações penais por corrupção", afirmou Selma Arruda.
A magistrada, conhecida por ser ‘linha dura’ e por ter mandado para a cadeia figurões da política mato-grossense, como o ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva, e o ex-governador Silval Barbosa, reafirmou que não quer ingressar em uma sigla onde seja obrigada a dividir o palanque com corruptos.
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“Não é um partido de anjos e santos. Eu só preciso de um partido onde as pessoas não estejam envolvidas com corrupção. Eu não preciso entrar para a política. As minhas exigências são de não ter que compartilhar palanque com pessoas que respondem ou responderam a ações penais por corrupção. Na próxima semana vou visitar as sedes dos partidos para conhecer melhor cada um e conhecer as pessoas”, explicou a juíza em entrevista a Rádio Capital FM.
Em outra oportunidade, Selma afirmou que tem suas exigências quanto à sigla que vai escolher e disse que, caso nenhum partido atenda suas expectativas, ela não entrará para a política.
"Isso que é complicado, porque só quando eu sair do Judiciário, vou olhar os partidos e ver quais se encaixam nessas minhas exigências. Se não encaixar também, eu vou feliz para casa descansar, porque eu mereço", afirmou a magistrada.
Questionada sobre qual cargo estaria pleiteando nas eleições deste ano, Selma diz que, sem dúvida, quer o Legislativo, já que tem como bandeira o combate à corrupção.
"Sempre disse que seria o Legislativo. Porque se for o Legislativo Federal, por exemplo, você tem a possibilidade de mudar a legislação que é muito falha e protege demais. É muito leniente com a corrupção. Mas se for Legislativo Estadual eu também acho que posso dar minha contribuição sem qualquer problema. Só o [Poder] Executivo que eu acho que não combina comigo".
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