Buzetti detona Marina Silva por caos no Parque de Chapada: "Não deixa fazer nada"

Jefferson Rudy/Agência Senado

Buzetti defende a estadualização do Parque de Chapada

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT

A senadora Margareth Buzetti (PSD) voltou a criticar Marina Silva, ministra do Meio Ambiente do governo Lula, por ser contra a estadualização do Parque de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá). Além de não permitir a concessão para o Governo de Mato Grosso, Marina também não "deixa fazer nada" no Parque, segundo a senadora mato-grossense.

Atualmente, o parque está sob concessão do ICMBio, que inclusive luta para conceder a gestão para a iniciativa privada. Nos últimos meses, uma série de deslizamentos na MT-251, na região do Portão do Inferno, gerou embate ainda maior entre o Instituto e o Governo do Estado.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

O Governo, por meio da Sinfra (Secretaria de Infraestrutura), tem solicitado da concessionária autorização para realizar uma obra de duplicação, mas enfrenta resistência.

“É um parque federal, não pode nada, mas tudo isso tem nome e endereço. É o ICMBIO. O ICMBIO não permite, o meio ambiente também não permite, Marina Silva não deixa fazer nada! Então é isso!”, disse senadora.

Em setembro do ano passado, a senadora apresentou um projeto de lei que permite ao Governo de Mato Grosso assumir o Parque de Chapada. Consta no texto que o Executivo aplicará anualmente, em ações e serviços, o valor mínimo de R$ 66 milhões, totalizando a aplicação de R$ 200 milhões em 3 três anos de gestão.

Margareth explicou que a proposta já passou pelo crivo das comissões e está pronto para ser levada ao plenário, onde os senadores devem votar a favor da estadualização. A expectativa é que o texto seja colocado em pauta assim que o Congresso Nacional voltar do recesso parlamentar.

“Essa situação (sequência de deslizamentos) era uma situação anunciada. O governo do Estado está desde o governo passado (governo de Jair Bolsonaro) tentando pegar a concessão para fazer investimentos e ter uma atração turística, mas os governos não escutam”, declarou.

“Depois do projeto da estadualização, que aliás já está pronto para ir a plenário, já fiz quatro reuniões com a AGU, pra ver o que a gente consegue fazer um convênio, uma delegação de competência com o governo do estado, para que o governo do estado faça - por quatro ou cinco anos - investimentos naquela área”, acrescentou.