VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
A senadora Margareth Buzetti (PP) criticou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Segundo ela, o órgão que deveria promover e proteger os direitos dos povos originários estaria, na prática, barrando o desenvolvimento deles.
“Se você falar com qualquer indígena, de qualquer tribo, ele quer desenvolver sim. Quem segura o desenvolvimento dos indígenas é a Funai, infelizmente”, disse Buzetti.
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“Não reconhecem o direito deles se desenvolverem”, acrescentou.
Em entrevista ao Podcast Política Primeira, Margareth Buzetti ressaltou que o Brasil precisa reconhecer o direito que os indígenas têm sobre suas terras, bem como de receber royalties, dividendos e de explorar recursos naturais através da mineração, por exemplo.
Para a senadora, essa é uma forma, inclusive, de combater a ilegalidade.
“O que que acontece hoje? Tudo ilegal. Quando você não tem algo regulamentado e reconhecido, vem os ilegais e avançam. Hoje tu tiras 20 garimpeiros, amanhã tem 30”, disse.
"O Brasil precisa parar de fazer política com hipocrisia. Eu sempre falo isso: é muita hipocrisia nas nossas leis e pessoas sem direito a desenvolver de jeito nenhum", completou.
Ainda como exemplo do desenvolvimento barrado pela Funai, a senadora usou os povos indígenas da etnia Paresí, que, segundo ela, plantam cerca de 20 mil hectares de soja em Mato Grosso e, por lei, estão proibidos de comercializar.
Também sobre os Paresí, Buzetti destacou a estrutura que eles possuem para a plantação de soja como modelo para outras etnias.
“Eles não têm tutela de ONG, eles têm cooperativa, eles têm máquinas, eles têm colheitadeiras, eles têm tudo. Você vai lá, é um exemplo. Porque que todos os outros não podem ser assim?’, questionou.
“O indígena que não quer, quer viver da maneira dele, viva da maneira dele. Mas o que quer desenvolver, que se desenvolva”, concluiu.
Em outra ocasião, Buzetti já havia feito críticas ao Ministério dos Povos Indígenas, que, para ela, não serve para nada e deveria ser extinto.
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