FERNANDA ESCOUTO
KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT
O deputado estadual Júlio Campos afirmou que a Federação União Progressista, formada pelo União Brasil e Progressistas (PP), demorou para abandonar o Governo Lula. A medida, que determinou a renúncia de ministros e demais filiados que ocupam cargos no Executivo, foi anunciada na última terça-feira (2).
A determinação também incluía risco de punições disciplinares.
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“Eu acho que demorou, porque nós do União Brasil, há quatro anos votamos em Bolsonaro. Ninguém desconhece [...] Éramos do Bolsonaro, eu não entendi porque o diretório nacional foi participar do governo Lula”, disse Júlio à imprensa na quarta-feira (3).
Com 109 deputados federais, 15 senadores, sete governadores e mais de 12 mil vereadores, a federação passa agora a integrar a oposição. A medida afeta diretamente ministros como Celso Sabino (Turismo), do União Brasil, e André Fufuca (Esportes), do PP.
Ambos haviam sinalizado resistência em deixar os cargos, mas a decisão foi antecipada após cobranças feitas pelo presidente Lula durante reunião ministerial.
“Recebeu três ministérios e não estava dando a contrapartida. A nossa bancada federal, na Câmara e no Senado, não votava com o governo, praticamente. Então, estava na hora de sair. Demorou para sair. Mas eu apoio totalmente a decisão do presidente cobrar a lealdade e o partido que não apoia tem que espirrar do governo”, pontuou Júlio.