MANOELA ALCÂNTARA
PABLO GIOVANNI
DO METRÓPOLES
A pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, marcou duas sessões extras (no caso, mais um dia) para o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados, acusados de atuarem na tentativa de suposta trama golpista.
O julgamento do chamado núcleo crucial começou em 2 de setembro e tinha mais três dias agendados para a análise ou mais cinco sessões. No entanto, Moraes pediu que o dia 11 também fosse acrescentado no calendário de julgamento, com duas sessões extras. A intenção de Moraes é não quebrar o ritmo do julgamento caso algum voto seja mais longo. Zanin marcou.
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Para que as duas sessões extras ocorram, foi necessário cancelar a sessão plenária do STF para o dia 11 de setembro. O plenário da Corte delibera sempre às quartas e quintas-feiras, a partir das 14h.
Bolsonaro e aliados — entre eles o ex-ministro Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid — são réus por tentativa de golpe, com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022 e manter no poder o então presidente. O julgamento é presencial.
A Primeira Turma, composta por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino, analisa o caso. Eles decidirão se os oito acusados pela PGR serão condenados ou absolvidos. É possível, ainda, que algum ministro peça vista, o que representaria mais tempo para análise, com prazo de retorno para julgamento em 90 dias.