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Cuiabá, 02 de Julho de 2025
02 de Julho de 2025

22 de Julho de 2024, 07h:00 - A | A

PODERES / AUMENTO DE PENA

Buzetti cobra aprovação de projetos: “Quem tem que ser organizado é o Poder Público, não o crime”

Senadora usou tribuna do Senado para cobrar mudanças na legislação.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



A senadora Margareth Buzetti (PSD) usou a tribuna do Senado Federal na última semana para cobrar a aprovação do pacote de medidas que ela propôs para aumentar as penas para criminosos que cometem crimes violentos e contra as mulheres no Brasil.

“Quem tem que ser organizado é o Poder Público, não o crime. Mas acho que precisamos ser ainda mais ousados. No pacote anti-impunidade que apresentei no Senado, a gente traz propostas que são polêmicas, mas são inovadoras”, disse a parlamentar. (Veja vídeo ao fim da matéria).

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As medidas que preveem que líderes de facções passem mais tempo em regime fechado, assim como o aumento da punição para quem mata em nome de uma facção, mesmo que menor de idade.

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“Tudo isso eu coloquei em discussão para que a gente se reinvente, para que a gente seja combativo. O bandido tem que voltar a ter medo da polícia, ter medo do estado”, afirmou a senadora.

Para Buzetti, o papel do Estado é punir “vagabundo que se acha no direito de levantar a mão para uma mulher”.

Pacote antifeminicídio

Em dezembro de 2023, a senadora mato-grossense apresentou uma série de alterações na legislação para aumentar a punição de criminosos que praticam crimes violentos contra mulheres.

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A proposta quer transformar o feminicídio um crime autônomo com pena fixada entre 20 e 40 anos. Atualmente ele é uma qualificadora do crime de homicídio e as penas ficam entre 12 e 30 anos.

Os crimes que, conforme a senadora, antecedem o assassinato de mulheres também sofreriam alterações, com aumento das penas para os crimes de lesão corporal, contra a honra, ameaça e descumprimento de medidas protetivas, sempre que praticado contra mulheres.

Condenados nessas situações não poderiam ocupar cargos públicos ou mandato eletivo entre o período do trânsito em julgado (quando o julgamento é concluído e o réu não tem mais direito a recurso da decisão) até o cumprimento da integralidade da pena.

Pacote anti-impunidade

Buzetti apresentou uma série de propostas para mudar a legislação penal no país. Entre as propostas estão:

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- que líderes de organização criminosa armada cumpram pelo menos 75% da pena regime totalmente fechado;

- dobrar o tempo de internação para menores que cometem crimes violentos para facções;

- acabar com o regime semiaberto;

- tornar mais rigoroso o cumprimento da pena em regime fechado;

- delegar aos Estados e ao Distrito Federal a competência para legislar sobre questões em matéria penal e processual penal que digam respeito à fixação e ao cumprimento da pena.

 

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