DO REPÓRTERMT
O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do ex-presidente Lula, é acusado de usar artifícios para dificultar o rastreamento de recursos financeiros. A informação consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que aponta movimentações consideradas atípicas e estratégias para ocultar a origem e o destino de valores entre 2019 e 2025.
Segundo o documento, o sindicato movimentou cerca de R$ 1,2 bilhão no período. Foram feitas 4377 transferências via PIX, totalizando R$ 18 milhões, além de 1.171 depósitos em espécie somando R$ 2,7 milhões. Foram registradas também 1.152 TEDs, totalizando R$ 553 milhões. Conforme o Coaf, “a quantidade de transações inviabiliza a rastreabilidade de todos os remetentes”.
O mapeamento também indicou “depósitos em espécie relevantes em contas de servidores públicos”, “movimentações atípicas de recursos por agentes públicos”, “movimentação de valores incompatíveis com o faturamento mensal das pessoas jurídicas”, “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio”, e “existência de conta de depósitos à vista cujos saldos ou movimentações financeiras não apresentem fundamentação econômica ou legal”.
Nessa quinta-feira (09), a CPMI do INSS ouvirá representantes do sindicato. Entretanto Frei Chico não comparecerá, pois sua convocação ainda não foi apreciada pelo colegiado.
