WILSON CARLOS FUÁH
A vida segue, independente da nossa vontade. E a cada fase, surgem novas possibilidades — caminhos abertos para evoluções materiais, intelectuais e espirituais. Algumas são fáceis de alcançar. Outras, nem tanto. Mas todas estão ali, ao alcance daquilo que construímos com atitude, coragem e vontade.
À nossa disposição estão os sonhos, os planos, as metas... e os impulsos de querer ou não querer. Muitas vezes, o que realmente importa depende só de nós.
O sofrimento, para muitos, nasce da falta de clareza — da ausência de racionalidade diante dos fatos. A mente se fecha em suas próprias ilusões e expectativas, trocando o esforço evolutivo pelos prazeres imediatos da vida. E é aí que mora o engano.
Tudo o que se conquista, ou se recebe como opção, não deveria jamais se tornar uma perturbação da consciência. As escolhas fazem parte da jornada. Não cabe a nós julgar com precipitação. Nem tudo obedece à nossa vontade — e, quando entendemos isso com profundidade, a vida flui com mais leveza. Deixamos, então, de acreditar que somos donos absolutos do destino.
Sofre menos quem aprende a aceitar as coisas como elas são — em vez de desejar que sejam como sonhamos. A ilusão, muitas vezes, nos transforma em carregadores de fardos que nem são nossos.
Atrás de todo pensamento, existe uma saída. Basta que exista também uma ação consciente, capaz de controlar o impulso e transformar desejo em movimento. Pensamentos alinhados produzem resultados — e os sinais da vida nos mostram isso o tempo todo.
A vida é uma reta. Mas nem sempre sabemos manter a direção. Perdemo-nos ao desejar caminhar por vários rumos ao mesmo tempo, guiados pela pressa ou pela ganância de conquistar tudo de uma vez. E, como pilotos da nossa própria existência, fingimos ignorar a realidade, enquanto aceleramos rumo ao desconhecido, iludidos pelas placas imaginárias de uma estrada sonhadora.
Queremos o proibido. Desejamos o que não nos cabe. E quando as coisas não saem como esperamos, julgamos os outros, como se fossem responsáveis pelos nossos tropeços. Mas, às vezes, aquilo que parecia um desvio se revela um acerto. E a recompensa pode vir maior do que esperávamos.
A vida não permite sentenças compradas. Os resultados surgem com ou sem a nossa aprovação. Às vezes, os impulsos dominam e tudo sai do eixo. Nesses momentos, respire fundo. Fixe o pensamento no melhor. Porque tudo acontece em seu tempo — mesmo sem a nossa permissão.
Quando olharmos para trás, veremos que a nossa história de vida se tornará referência para nossos filhos. E ao olharmos adiante, entenderemos que valeu a pena. Porque o futuro é a colheita de tudo aquilo que plantamos. E por isso, não devemos confiar no acaso.
Econ. Wilson Carlos Soares Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.