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Cuiabá, 01 de Outubro de 2025
01 de Outubro de 2025

01 de Outubro de 2025, 15h:15 - A | A

OPINIÃO / DIOGO CORRÊA

A Importância da Prevenção do Câncer de Mama para a Saúde da Mulher

DIOGO TADEU ALVES CORRÊA



O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo e representa não apenas um desafio médico, mas também um importante marcador de saúde pública. Embora os avanços da oncologia tenham ampliado as opções terapêuticas e aumentado as taxas de sobrevida, a prevenção e o diagnóstico precoce permanecem como as estratégias mais eficazes para reduzir a mortalidade e preservar a qualidade de vida. Cuidar da saúde da mama é, portanto, cuidar da saúde integral da mulher, reforçando a importância de uma abordagem que vai além do tratamento da doença, englobando educação, autocuidado e acompanhamento contínuo.

O primeiro passo para a prevenção é a consciência sobre fatores de risco. A idade avançada, histórico familiar, mutações genéticas como BRCA1 e BRCA2, uso prolongado de terapia hormonal sem acompanhamento, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool estão entre os principais elementos que aumentam a vulnerabilidade ao câncer de mama. Conhecer esses fatores permite adotar medidas protetoras, como manter um peso saudável, praticar atividade física regularmente, evitar o consumo excessivo de álcool e priorizar uma alimentação rica em fibras, antioxidantes e gorduras de boa qualidade.

O rastreamento regular é outro pilar fundamental. A mamografia é o exame padrão-ouro para a detecção precoce, capaz de identificar lesões ainda em estágios iniciais, quando as chances de cura ultrapassam 90%. Diretrizes nacionais e internacionais recomendam que mulheres a partir dos 40 anos realizem o exame anualmente ou conforme orientação médica, especialmente aquelas que apresentam risco aumentado. Além disso, consultas ginecológicas de rotina e exames clínicos das mamas contribuem para identificar alterações suspeitas que exigem investigação.

O autoexame das mamas, embora não substitua a mamografia, é uma ferramenta importante de autoconhecimento corporal. Ele permite que a mulher esteja atenta a mudanças como nódulos, retrações da pele, alterações no mamilo ou secreções. Essa prática fortalece o protagonismo da paciente em relação ao seu corpo e, quando associada ao acompanhamento médico, torna-se um recurso valioso para o diagnóstico precoce.

Vale destacar que a prevenção não se restringe ao aspecto físico. O impacto emocional do câncer de mama pode ser profundo, envolvendo medo, ansiedade e alterações na autoestima. Por isso, campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, cumprem um papel essencial ao ampliar o acesso à informação, combater estigmas e incentivar a solidariedade. Cuidar da saúde mental, manter uma rede de apoio e estimular o diálogo aberto sobre o tema também fazem parte da prevenção e do enfrentamento da doença.

A dermatologia e a estética, embora tradicionalmente associadas ao cuidado com a pele, também podem contribuir nesse contexto, especialmente no acolhimento da paciente durante e após o tratamento oncológico. Procedimentos de suporte para a saúde cutânea, orientações sobre cuidados com cicatrizes, manejo de efeitos adversos como ressecamento e sensibilidade, além de terapias voltadas à autoestima, ajudam a integrar saúde e bem-estar em uma perspectiva global.

O câncer de mama, quando prevenido e diagnosticado precocemente, tem altas chances de cura e um impacto muito menor na vida da mulher. Mais do que nunca, é necessário reforçar que prevenção é sinônimo de cuidado, empoderamento e qualidade de vida. Investir em informação, hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular é o caminho mais eficaz para proteger não apenas a saúde das mamas, mas a saúde integral da mulher.

Diogo Tadeu Alves Corrêa é médico e atua na clínica Tez.

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