CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Após sofrer uma fibrilação [arritmia cardíaca], na manhã da última segunda-feira (03), o ex-procurador-geral do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, que estava preso no Centro de Custódia de Cuiabá, segue internado em um hospital particular da capital, sem previsão de alta.
O problema coronariano, que pode causar acidente vascular cerebral (AVC), fez com que Chico Lima não comparecesse na audiência de instrução referente à Operação Seven, na segunda-feira, na Sétima Vara Criminal.
O problema coronariano, que pode causar acidente vascular cerebral (AVC), fez com que Chico Lima não comparecesse na audiência de instrução referente à Operação Seven, na segunda-feira, na Sétima Vara Criminal. Na ação penal, ele é acusado de beneficiar seu cunhado, o médico Filinto Correa da Costa, na transação de compra de uma área rural pelo Estado para ampliação do Parque Estadual Águas do Cuiabá. Essa negociação teria gerado o desvio de R$ 7 milhões dos cofres estaduais, segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE).
Diante da situação, a juíza Selma Rosane Santos Arruda reagendou a oitiva de Chico Lima para o dia 10 de outubro, às 14h30.
Com relação ao novo mandado de prisão de que foi alvo na deflagração da operação Sodoma 4, no dia 26 de setembro, o advogado de Chico Lima disse que ainda não ingressou com nenhum pedido de liberdade, em decorrência de não ter tido a oportunidade de falar com seu cliente desde que foi internado.
Enquanto isso, ele segue internado em um hospital particular. A pedido da família, o advogado João Cunha, que faz a defesa do ex-procurador, não divulgou o nome da unidade de saúde em que seu cliente se encontra, mas afirmou que ele está escoltado por agentes penitenciários a todo momento.
ESTADO DE SAÚDE
De acordo com João Cunha, o estado de saúde de Chico Lima, atualmente, é estável. Ele já passou por uma bateria de exames e, nesta segunda, fará os exames de imagem para detectar qualquer alteração no quadro. Segundo Cunha, Francisco Lima geralmente não apresenta sinais visíveis dessas fibrilações, tanto que foi a enfermeira do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), onde ele estava preso desde que foi transferido do Rio de Janeiro para Cuiabá, no último dia 30, quem detectou que sua pressão estava anormal e solicitou que ele fosse encaminhado ao hospital. “Essas fibrilações são silenciosas. Ele não apresenta uma resposta orgânica, como mal-estar, um suor. O máximo que ele tem é a dor no peito, alteração na pressão e no batimento”, disse ao 
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Com relação ao novo mandado de prisão de que foi alvo na deflagração da operação Sodoma 4, no dia 26 de setembro, o advogado de Chico Lima disse que ainda não ingressou com nenhum pedido de liberdade, em decorrência de não ter tido a oportunidade de falar com seu cliente desde que foi internado.
“Eu fiz questão de não ir até lá [no hospital] para não emocioná-lo, fiz questão de não falar com o médico para não parecer que eu quero ter qualquer tipo de influência. Eu falo com a família, que é quem se encarrega do tratamento, que é a coisa mais natural”, explicou Cunha. Ele acredita que, no estado de saúde atual de seu cliente, não será possível que ele retorne à prisão, no momento. Por isso, preferiu tomar qualquer atitude jurídica após o restabelecimento da saúde do cliente. “Nesse estado, não tem como falar com ele”, concluiu.
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