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Cuiabá, 18 de Maio de 2024
18 de Maio de 2024

03 de Outubro de 2016, 14h:14 - A | A

JUDICIÁRIO / VEJA VÍDEO

Silval Barbosa nega esquema criminoso em compra de área no Manso

O ex-governador também é alvo da operação Sodoma 4 e permanece preso no Centro de Custódia de Cuiabá.

CELLY SILVA
DA REPORTAGEM



Dando sequência às audiências de instrução relativas à operação Seven, a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, ouve, na tarde desta segunda-feira (03), o ex-secretário de Estado de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza Neto, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-procurador-geral do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima.

Eles são acusados de compor, juntamente com outros ex-secretários da gestão de Silval, uma organização criminosa responsável por desviar dinheiro dos cofres públicos, cobrar propinas de empresários, fraudar licitações, lavar dinheiro, entre outros crimes, que se confundem entre tantas operações já deflagradas.

Os três depoentes da tarde desta segunda, além da Seven, também foram alvos de quarta fase da operação Sodoma. Arnaldo, que estava residindo em Brasília (DF), onde trabalhava no gabinete do senador Cidinho Gomes (PR) e Chico Lima, que residia no Rio de Janeiro (RJ), onde trabalhava como motorista do Uber, foram transferidos para a capital mato-grossense, na semana passada, e encontram-se presos no Centro de Custódia de Cuiabá, anexo Carumbé (CCC). 

Acompanhe os principais momentos da audiência:

16h10 - O depoimento de Silval Barbosa é encerrado. 

16h09 - Silval relata que, certa vez, o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, o procurou chorando copiosamente, dizendo que estava sendo ameaçado de morte por conta de uma briga por terra. Silval, então governador, teria ordenado que os procedimentos necessários fossem tomados para garantir a segurança de Afonso. "Eu fico preocupado da forma que as vezes colocam o nome da gente", se referindo ao fato de Dalberto ter dito que se sente ameaçado por ele. Silval diz que nunca teve qualquer desentendimento com o ex-presidente do Intermat, a quem conhece há décadas. Silval diz que imagina que essas declarações de pessoas que dizem se sentir ameaçadas por ele e por seu ex-assessor Sílvio Corrêa se devem ao desejo de se virem livres das acusações às quais estão sendo imputadas. 

16h06 - Silval Barbosa diz que não autorizou compra do imóvel no Manso para ampliação do parque e que esse procedimento poderia muito bem ocorrer sem o seu conhecimento, pois as secretarias possuíam autonomia para fazê-lo. Ele também afirma que a suplementação de orçamento é um procedimento normal dentro da gestão pública. Segundo ele, por ano, mais de duas mil suplemtações costumam ocorrer. 

15h59 - O ex-governador questiona que os valores alegados por Pedro Nadaf e pelo médico Filinto Correa sobre os valores que teriam sido pagos em propina pela venda do terreno, uma vez que Nadaf disse que o lucro da organização criminosa foi de R$ 3,5 milhões e o ex-proprietário da terra disse que entregou R$ 2,5 mihões para o ex-procurador e seu cunhado, Francisco Lima, que o teria ajudado na transação.

15H57 - Silval se diz vítima das mentiras de delatores que dizem o que querem ao MPE e imputam a responsabilidade a ele, que tenta se defender "como dá". 

15h47 - A juíza dá início ao depoimento do ex-governador Silval Barbosa, que é acusado pelo MPE de ser o líder da suposta organização criminosa, na compra duplicada e superfaturada de área de 727 hectares do médico Filinto Correa da Costa, no final de 2014, o que ele nega. "Tirando o fato de ter assinado o decreto, eu não participei de nada do que diz aí [na denúncia]", afirma.

Sobre o depoimento do ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, de que o esquema teve como objetivo pagar uma dívida de Silval, o ex-governador também nega. "Eu não autorizei ninguém a fazer reuniões para pagar dívida de campanha". 

15h15 - O advogado do ex-procurador Francisco Lima, Otávio Gargaglione, informa à juíza Selma Arruda que seu cliente não poderá comparecer à audiência pois passou mal na manhã desta segunda-feira, um desfibrilamento, e teve que ser levado ao hospital. Ele sofre de problemas cardíacos e, desde que chegou em Cuiabá, na noite de sexta-feira (30), ele tem se sentido mal. De acordo com o advogado, Chico Lima, que tem 63 anos, tem recebido acompanhamento médico. Foi uma enfermeira, que mediu sua pressão, quem percebeu o problema e informou à diretoria do presídio. O advogado não informou em qual hospital seu cliente está internado, mas que ele está acompanhado de familiares. 

15h50 - Arnaldo afirma que nunca participou de reunião onde tenha tratado sobre esquema e que nunca precisou pedir nada para ninguém para obter vantagens. Também nega que tenha recebeido qualquer pedido fora do normal de Silval Barbosa. A oitiva dele é encerrada.

14h28 - O ex-secretário chora e diz que nunca adquiriu nada que não fosse com seu próprio trabalho e que está disposto a responder ao que for preciso para esclarecer o processo. Ele ainda falou que ninguém faz ideia de como seja o trabalho de um secretário de Planejamento, pois, a todo momento, o governador apenas comunica quanto quer de orçamento para cada pasta e como isso vai ser feito fica totalmente a cargo do secretário. 

14h23 - Arnaldo se diz chateado com a acusação do MPE de que ele autorizou o orçamento para a compra do imóvel no último dia da gestão de Silval Barbosa, dando a impressão de que fez o esquema de forma rápida com o intuito de desviar dinheiro enquanto havia tempo. Segundo ele, aquilo ocorreu porque a Lei Orçamentária Anual (LOA) ainda não havia sido publicada, além disso, o processo já estava tramitando há algum tempo. 

14h19 - Com o início da chuva, houve uma ligeira queda de energia na Sétima Vara Criminal, durante o interrogatório de Arnaldo Alves. A juíza aguarda a volta da normalidade dos equipamentos na sala de audiência para dar novamente a palavra ao réu. 

14h15 - Arnaldo explica que a suplementação orçamentária, que propiciou a compra de uma área rural na região do Manso, acrescentada ao Parque Estadual Águas do Cuiabá, foi legal. Segundo ele, esse procedimento é comum e ocorre a todo momento na gestão pública. No caso do Executivo estadual, isso ocorreu após ordem do governador. 

14h05 - A juíza dá início a oitiva de Arnaldo, que nega as acusações de corrupção feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE). Ao contrário disso, o ex-secretário diz que foi o responsável por implantar um sistema que interligou o trabalho dos técnicos do Governo do Estado que atuavam nas áreas financeiras e de planejamento e deu mais transparência à gestão. 

Veja o vídeo em que Silval comenta sobre o processo:

 

 

 

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cibele 03/10/2016

Acredito no Sr Arnaldo, ele é uma pessoa seria, integra, só quem conhece para sabe que fala verdade. Deve estar com muita vergonha dos amigos e familia.

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1 comentários

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