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Cuiabá, 13 de Setembro de 2025
13 de Setembro de 2025

09 de Janeiro de 2015, 11h:07 - A | A

JUDICIÁRIO / ATROPELOU E MATOU EMPRESÁRIO

Pedido de prisão se arrasta na Justiça e 'assassino' da Saveiro preta fica solto

Ele que estava sendo procurado há uma semana. Fábio foi ouvido e depois liberado, já que estava fora do período de flagrante do crime.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



A Justiça ainda não decidiu sobre o pedido de prisão preventiva contra Fábio de Mello. Ele confessou ter matado atropelado o ciclista e advogado José Eduardo de Carvalho, de 59 anos, na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT – 251), que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, há mais de uma semana.

O delegado Romildo Grota Júnior, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito, fez o pedido nesta quarta-feira (7), após tomar o depoimento do acusado, que se apresentou na delegacia. Ele, que estava sendo procurado há uma semana, foi ouvido e depois liberado, já que estava fora do período de flagrante do crime.

No depoimento, Fábio negou estar dirigindo bêbado e disse que atropelou José Eduardo e outros dois ciclistas que trafegavam no acostamento da via, após mexer no aparelho de som do carro, uma VW Saveiro de corte.

No entanto, em entrevista à imprensa, Grota Júnior rebateu a argumentação do motorista, dizendo que uma testemunha prestou depoimento afirmando ter visto Fábio ingerindo bebida alcoólica, em uma festa, momentos antes da tragédia.

Grota Júnior aguarda o laudo pericial feito por agentes da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) para concluir o inquérito, que deve ser finalizado na próxima semana. Com isso, ele irá representar a denúncia contra Fábio por homicídio no trânsito, lesão corporal, entregar bebidas a menores, fuga, omissão de socorro e fraude processual.

OMISSÃO DE SOCORRO

Fábio disse que fugiu pela região do Coxipó do Ouro, deixando as duas moças e o amigo, Holiver Guilherme, de 24 anos, na casa delas. “Em seguida, deixei o carro na minha casa (no bairro Jardim Leblon, na capital) e fiquei andando pela cidade, dormindo em hotel”, explicou numa clara intenção de fugir do flagrante. 

Sobre a descaracterização do carro, para o veículo não ser identificado, Fábio se limitou a dizer que, apenas, tirou o vidro da frente, que estava todo trincado. Ele não soube explicar porque teria trocado as rodas do veículo.

O ATROPELAMENTO

Uma das vítimas do aciente, Diogo Azevedo contou ao RepórterMT, com exclusividade, como foi a tragédia que ocorreu a 1 km do Coxipó do Ouro.

Diogo disse trafegava a cerca de 40 km/h, quando sentiu um tranco. Já que José Eduardo, foi o primeiro a ser atingido pelo carro, sendo jogado a vários metros e batendo a cabeça no chão.  "Eu fiquei desacordado por 30 segundos. Eu fui para cima e bati as costas", observou. Azevedo também comentou que o motorista do carro não chegou a frear antes de atropelar o trio de ciclistas.

Ao acordar, Diogo viu que José Eduardo ainda estava vivo. "Ele estava desacordado, mas tinha pulso", apontou. Várias pessoas que passavam pelo local pararam para ajudar. 

Segundo Diogo, rapidamente, Valdeci fez massagem cardíaca no ciclista, que estava inconsciente. "Pareceu começar a respirar. 5 minutos depois o Samu chegou. Eles (socorristas) foram direto nele, mas logo vieram me atender. E quando estava na ambulância, o enfermeiro socorrista me disse que ja havia falecido", relatou.

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Um dos ciclistas atropelados contou como foi a tragédia, com exclusividade ao RepórterMT

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