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Cuiabá, 09 de Julho de 2025
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15 de Dezembro de 2016, 11h:39 - A | A

JUDICIÁRIO / FRAUDES NA SEDUC

Gaeco cumpre mandado de condução coercitiva contra engenheiro

Ele já foi ouvido na ação penal que tramita na Sétima Vara Criminal, no dia 18 de novembro, e disse que prestou serviço para o empresário, réu e delator Giovani Guizardi

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



Foi encerrada a terceira fase da operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) que apura fraudes na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Na manhã desta quinta-feira (15), foi cumprido o mandado de condução coercitiva contra o engenheiro eletricista e empresário Edézio Ferreira da Silva, que prestou esclarecimentos aos promotores e já foi liberado, segundo confirmação do Ministério Público Estadual (MPE) ao

Ele já foi ouvido na ação penal que tramita na Sétima Vara Criminal, no dia 18 de novembro, quando disse que prestou serviço para o empresário, réu e delator Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora, alugando a sala comercial no edifício Avant Garden Business, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá, que era usada para as reuniões que Guizardi mantinha com o então secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto (PSDB) e com os ex-servidores da pasta, Fábio Frigeri e Wander Luiz dos Reis, todos réus no processo criminal.

Segundo o depoimento de Edézio à juíza Selma Arruda, os encontros ocorreram entre setembro de 2015 e fevereiro deste ano. Ele também afirmou ter presenciado outras reuniões de Guizardi com os empresários Luís Fernando Rondon, dono da Luma Construtora, que também é réu e delator do esquema, além do sogro deste, o também empreiteiro Esper Haddad, dono da Construtora Panamericano.

O local foi chamado pelo MPE de "quartel general" e deu o nome da segunda fase das investigações, Locus delicti, pois era onde se arquitetava o esquema de corrupção, por meio de cobrança de propinas e fraudes em licitações de obras de escolas estaduais. 

Ainda de acordo com o depoimento de Edézio em Juízo, ele prestava serviços relacionados às licitações alvos da operação Rêmora, como elaboração de projetos de engenharia, além de compras de planilhas e programas computacionais. Ele também era responsável pela manutenção do escritório utilizado por Giovani Guizardi, pagando o aluguel e contas de energia, condomínio e internet com o dinheiro que lhe era repassado mensalmente por Guizardi. 

A versão foi corroborada pelo testemunho do delator, feito na última segunda-feira (12), quando Guizardi ainda relatou que Edézio também chegou a fazer alguns depósitos a seu pedido. Esses depósitos que somaram a quantia de R$ 20 mil foram realizados, por sua vez, por conta de um pedido de Permínio Pinto a Guizardi, que contou ter recebido do ex-secretário um papel com a anotação de uma conta bancária e uma razão social de empresa, que ele afirma ser de uma rádio de Sinop, cujo dono seria o deputado federal Nilson Leitão (PSDB).  

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