FRANCISCO BORGES
CELLY SILVA
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado começou a ouvir nesta sexta-feira (22) vários empresários, além de um ex-servidor, suspeitos de participação no esquema de fraude em licitações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), desmontado em duas operações, a Rêmora e a Locus Delicti. Eles fazem parte do suposto cartel, liderado pelo ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, que direcionava contratos, que teriam totalizando R$ 54 milhões, em troca de propina.
O primeiro a depor nesta sexta foi o empresário Luiz Fernando da Costa Rondon, um dos sócios da Luma Construtora. Ele é apontado como um dos participantes do esquema e já prestou depoimento no dia da deflagração da Rêmora, em maio. Com suas declarações ele contribuiu para que o Ministério Público Estadual (MPE) pudesse moldar como era feito as irregularidades dentro da Secretaria.
Depois dele, quem deverá prestar depoimento é o empresário Ricardo Augusto Sguarezi. Ele é sócio proprietário da Aroeira Construções, e assim como Rondon, também está arrolado no caso de fraudes em contratos da Seduc.
Dois advogados que patrocinam a defesa de Esper Haddad Neto, Breno alegria e Helder Almeida também estiveram na sede do Gaeco a pedido dos promotores que conduzem o caso. Na chegada eles evitaram falar com a imprensa. Seu cliente deverá depor na próxima segunda-feira (25).
A primeira oitiva que deveria ser feita hoje, a do engenheiro civil e proprietário da empresa Geotop Construções e Terraplanagem, Eder Alberto Francisco Meciano, foi cancelada. Ainda não se sabe o motivo do cancelamento e nem de uma possível remarcação de horário.
Ao final dos depoimentos dos dois empresários, o Gaeco marcou para segunda-feira o depoimento do empresário José Adalberto Sguarezi. Ele é um dos sócios da Aroeira Construções e também é suspeito de ter tido algum tipo de participação no caso. Ainda na segunda-feira, o dono da Shuring & Shuring Ltda, empresário André Luiz Schuring, prestará depoimento às 16h. Já na terça-feira (26), o proprietário da XNR Construções, Nelino Manoel Toledo, prestará depoimento. Logo após a sua oitiva, será a vez do ex-secretário adjunto de Obras Públicas da Secretaria de Educação, Jean Martins Nunes.
O último a prestar depoimento será o ex-titular da Seduc, Permínio Pinto, que deverá esclarecer os apontamentos dos promotores Gaeco. Ele está preso no Centro de Custódia de Cuiabá desde quarta-feira (20) junto com os demais presos na Rêmora.
Grupo que desviou R$ 56 milhões se organizava em 'camadas'; entenda
