facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 25 de Janeiro de 2025
25 de Janeiro de 2025

23 de Outubro de 2015, 18h:14 - A | A

JUDICIÁRIO / FARRA DOS INCENTIVOS FISCAIS

Delator nega ter pago propina a Silval; defesa diz que Nadaf 'fez tudo sozinho'

Ao ser questionado pela magistrada sobre qual era a participação do ex-governador no esquema o delator responde: “Nunca entreguei nada para ele”, responde categoricamente o empresário.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



A defesa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) – preso há mais de um mês devido a “Operação Sodoma”, deflagrada pela Polícia Civil, que investiga suposta concessão de incentivos fiscais em troca de propina a grandes empresas – adotou como prova de inocência, um áudio gravado durante depoimento do delator do esquema, João Batista Rosa, à juíza Selma Rosane Arruda, da 7° Vara Criminal de Cuiabá, em que o empresário afirma que nunca tratou sobre ‘negócios’ com o peemedebista.

Ao ser questionado pela magistrada sobre qual era a participação do ex-governador no esquema. o delator responde: “nunca entreguei nada para ele”, diz categoricamente o empresário.

Rosa é um dos sócios do grupo Tractor Parts e que confirmou a Justiça ter pago R$ 2,6 milhões em troca de R$ 8 milhões em  incentivos aos ex-secretários Pedro Nadaf (Indústria e Comércio, Fazenda e Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda) que também estão presos no Centro de Custódia da Capital.

Ao ser questionado pela magistrada sobre qual era a participação do ex-governador no esquema. o delator responde: “nunca entreguei nada para ele”, diz categoricamente o empresário.

O empresário também contou que manteve diálogo com Silval em apenas uma ocasião, mas para cobrar um compromisso feito na campanha eleitoral sobre a análise de concessão de incentivos ao comércio. Então, a magistrada pergunta se a decisão de cobrar propina pode ter saído da cabeça do próprio Nadaf usando o nome do então governador. “É possível. As investigações agora vão dizer”, responde o delator.

A magistrada pergunta se a decisão de cobrar propina pode ter saído da cabeça do próprio Nadaf usando o nome do então governador. “É possível. As investigações agora vão dizer”, responde o delator.

Foi exatamente esse trecho da delação que a banca de defesa - composta pelos advogados Valber Melo, Ulisses Rabaneda e Francisco Faiad - usaram na quarta-feira (21) para convencer os desembargadores da 2ª Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Pedro Sakamoto e Rondon Bassil a deferir liminar favorável a soltura do ex-governador.

O fato não convenceu o relator do processo, Alberto Ferreira de Souza, que já havia negado habeas corpus em decisão monocrática, votou pela manutenção do ex-chefe do Executivo estadual na prisão. O desembargador descontruiu a tese da defesa afirmando que há nos autos que o empresário Frederico Muller Coutinho garante que recebeu cheques das mãos do procurador do Estado aposentado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, pessoa vinculada ao ex-governador.

Em outro ponto do processo há fortes referências em nome do ex-governador. Segundo a denúncia, Frederico cobrou que o procurador Chico Lima assinasse uma nota promissória assumindo a divida, mas se recusou afirmando que “não posso assinar uma promissória de uma dívida pelo fato de estar aqui representando interesse do Silval”, consta no inquérito.

De acordo com as investigações da Delegacia Fazendária (Defaz) os valores irregulares eram cobrados para pagar dívida de campanha de Silval, mas a defesa contesta a alegação e não vê motivos para que o pedido de prisão se sustente.

O mérito do habeas corpus deverá ser votado na próxima quarta-feira (28).

OUÇA ÁUDIO:

 

Comente esta notícia

DORALICE FREITAS 26/10/2015

Essa historia esta cheirando muito mal. Como pode o delator, pessoa que participou ativamente do processo de roubo do dinheiro público, ter sido perdoado e protegido até pelos Deputados da CPI. O delator é tão bandido quanto os que estão presos. Merece um pequeno beneficio por ter ajudado a elucidar o caso. Dizer que Silval é inocente nessa é gozação. O Nadaf se fazia de poderoso a toa?

positivo
0
negativo
0

Absurdo 23/10/2015

Somente um burro para acreditar nas palavras desse delator. Ele deve ter sido comprado para falar isso. O Silval era o principal "mandante" dos incentivos no governo dele, e o "Blairo, o pai da coisa.

positivo
0
negativo
0

2 comentários