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Cuiabá, 07 de Outubro de 2024
07 de Outubro de 2024

25 de Julho de 2014, 15h:13 - A | A

JUDICIÁRIO / "NÃO SEI DE NADA"

Defesa diz que mulher de Eder não sabia que a empresa dela era usada para fins ilícitos

De acordo com Marden Tortorelli, as testemunhas devem provar que Laura Dias não tinha nenhum conhecimento de que uma empresa de prestação de serviços, aberta em seu nome, a pedido de seu marido, estar sendo usada para qualquer transação ilícita.

MARCIA MATOS
DA JUSTIÇA FEDERAL



Teve início na tarde desta sexta-feira (25), o segundo dia das audiências destinadas a ouvir as testemunhas de defesa dos indiciados nas investigações do processo proveniente da Operação Ararath, que investiga crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, corrupção ativa, corrupção ativa, falsidade ideológica e falsificação de documento público. 

A audiência desta sexta-feira é destinada a quatro testemunhas de defesa de Laura Dias, esposa de Eder Moraes, e uma testemunha de Luiz Carlos Cuzziol, superintendente do Bic Banco, onde foram efetuados os empréstimos investigados, que seriam feitos por Eder em uma conta aberta em nome da empresa Amazônia Petróleo, de propriedade do agiota Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, hoje delator do processo.

De acordo com o advogado Marden Tortorelli, que defende Laura Dias, as testemunhas desta sexta devem provar que sua cliente não tinha nenhum conhecimento de que uma empresa de prestação de serviços, aberta em seu nome, a pedido de seu marido, poderia estar sendo usada para qualquer transação ilícita.

“A gente está defendendo aquela tese de que a Laura não gerenciava as empresas. Ela era somente esposa do Eder e a gente acredita na inocência dela quanto a esses crimes que estão sendo levantados de lavagem de dinheiro, pelo fato de ela não ser realmente a administradora. Ela tinha uma empresa em nome dela e esta empresa era gerida pelo seu marido, o Eder. A função dela era ser dona de casa e cuidar dos filhos. Ela não sabia para o que era essa empresa”, declarou.

Tortorelli ainda frisou que o próprio delator,  Júnior Mendonça, já teria declarado que ele não tinha feito qualquer operação com a Laura, somente com sua empresa.

Outra testemunha da defesa de Laura deve ser ouvida na próxima quinta-feira (31).

Acompanhando o segundo dia de audiência das testemunhas de defesa de seu cliente, o advogado  Celso Corrêa, que representa o superintendente Luiz Carlos Cuzziol, afirmou à imprensa que os depoimentos estão provando que Cuzziol não teria qualquer participação em um esquema de empréstimos fraudulentos facilitados por ele, como aponta a investigação.

“Até agora tudo o que  foi denunciado tem demonstrado exatamente o contrário. Legalidade em todas as operações. A situação de dúvida que apresentaram está sendo totalmente esclarecidas, como por exemplo a agilidade do banco que não ocorre só na operação investigada, mas em todas as operações”, ressaltou. 

As audiências das testemunhas seguem nos dias 31 de julho e 1 de agosto. De acordo com o advogado Paulo Lessa, ainda não há previsão de quando Eder Moraes será ouvido pela Justiça. Segundo o procurador da República, Ronaldo Queiroz, o ex-secretário Eder Moraes deve ser ouvido assim que terminar a fase das oitivas das testemunhas de defesa. 

LIGAÇÕES DE LAURA

De acordo com as denúncias investigadas, a empresa de Laura teria recebido cerca de R$ 400 mil de Júnior Mendonça, em 2009, além de outros depósitos feitos pelo mesmo em nome da esposa de Eder.

Laura é acusada de ter agido em acordo com o esposo e por nove vezes ter comeito o delito de ocultar, ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade bens, direitos ou valores proveniente de forma direta ou indireta.

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Arapoonga 26/07/2014

Vestida como uma oncinha, né? Tá querendo ludibriar a investigação.

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1 comentários