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Cuiabá, 20 de Março de 2025
20 de Março de 2025

07 de Julho de 2014, 08h:38 - A | A

JUDICIÁRIO / OPERAÇÃO ARARATH

Após depoimento de delator, advogados de Eder e Vivaldo preparam testemunhas para depor

Relembre as denúncias contra Eder, Vivaldo Lopes, Laura Dias e o ex-gerente do Bic Banco

LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO



Réus em uma ação que tramita na 5ª Vara Federal, o ex-secretário de Fazenda Eder Moraes Dias, a esposa dele, Laura Tereza Dias, o ex-secretário adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes e o superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, são acusados pelo Ministério Público Federal de lavagem ou ocultação de bens.

O processo já teve sua primeira audiência, na última quinta-feira (3), com a oitiva da testemunha de acusação Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça. Na frente do juiz federal Jeferson Schneider, todas as informações prestadas na fase de inquérito, sobre a movimentação de financiamento em um “banco clandestino”, comandado por ele, foram ratificadas.

Agora, as defesas dos réus começam a preparar as testemunhas que serão ouvidas a partir do dia 24 deste mês.

Serão quatro dias de audiências em que os advogados dos réus tentarão defender as teses de que seus clientes não participaram das operações do “banco”, comandando por Júnior Mendonça.

Entenda a suposta participação de cada um dos réus desta ação, consta no processo:

ÉDER MORAES

O ex-secretário de Fazenda, único que está preso, foi apontado por Mendonça como o principal operador do “banco clandestino”, por ele ilegalmente operado, por meio da factoring Global Fomento e Comercial Amazonia de Petróleo, ambos de sua propriedade.

Eder teria agido de forma reiterada como um “verdadeiro operador financeiro do esquema mantido com os recursos de Júnior Mendonça”, atendendo a interesses de “pessoas ligadas ao grupo do ex-secretário”.

O dinheiro movimentado teria como uma das finalidades, segundo Mendonça, financiamento de campanha eleitoral. O delator também afirmou que Eder teria agido a “mando e no interesse de Blairo Maggi (PR) (na época governador do Estado) e Silval Barbosa (PMDB) (na condição de vice-governador do Estado)".

O advogado de Eder, Paulo Inácio Dias Lessa, disse que na oitiva das testemunhas de defesa, o ex-secretário não virá a Cuiabá, participará da audiência por meio de videoconferência. Ao todo, a defesa arrolou seis testemunhas.

“Não posso dizer se o Eder é inocente ou não. Ainda é muito cedo para isso. Gostaria que ele estivesse em liberdade para que pudesse fazer uma defesa técnica melhor”, disse Lessa.

LAURA DIAS - ESPOSA DE EDER MORAES

A mulher de Eder Moraes é apontada com laranja do ex-secretário, na movimentação financeira e na compra de imóveis. Mas, no depoimento prestado por Júnior, ele disse que não tinha negócios com Laura, somente com o ex-secretário.

Para a defesa da esposa de Eder, feita pelo advogado Marden Tortorelli, o depoimento “foi esclarecedor e muito bom para a cliente dele. Pois ouviu Mendonça reafirmando o que a defesa vem alegando, que ela não tinha feito transações comerciais com ele”, disse.

VIVALDO LOPES

O ex-secretário Vivaldo Lopes é apontado na Ararath por ter recebido dinheiro na conta bancária da empresa Brisa Consultoria e Assessoria, de sua propriedade, no valor de R$ 520 mil. O dinheiro foi transferido das empresas de Mendonçap para a Brisa.

O advogado de defesa de Vivaldo, Ulisses Rabaneda, afirmou que ele não tem nenhuma ligação com as irregularidades apontadas na ação. Segundo ele, o ex-secretário, como consultor do Mixto Esporte Clube, teria recebido os valores na conta da empresa que eram oriundos de patrocinadores do clube.

LUIS CUZZIOL

O ex-superintendente do Bic Banco, Luiz Cuzziol, é apontado como a pessoa que concedia os empréstimos para as empresas de Júnior Mendonça. Na época em que Cuzziol atuava como ex-superintendente ele teria, conforme dados da Polícia Federal, viabilizado empréstimos para Mendonça no valor de R$ 12 milhões.

A defesa dele não atendeu a reportagem.

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